As micro e pequenas empresas foram as que mais geraram empregos no primeiro mês de 2017. Enquanto os pequenos negócios apresentaram um saldo positivo de 27,3 mil contratações com carteira assinada, as médias e grandes fecharam 68,8 mil postos. A administração pública incorporou ao seu quadro de servidores 671 trabalhadores. Os dados são do levantamento feito mensalmente pelo Sebrae com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
Se comparado ao mesmo período do ano passado, o resultado representa um incremento de 134%. Em janeiro de 2016, as micro e pequenas empresas incorporaram 11,6 mil novas vagas. “A estabilização da inflação e a queda dos juros podem ser alguns dos fatores que influenciaram esse desempenho positivo”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
Serviços e a Indústria de Transformação foram os principais responsáveis por essa performance. Cada um deles contratou, respectivamente, 21,7 mil e 18,2 mil trabalhadores. A Agropecuária e a Construção Civil também apresentaram resultados positivos, de 11,3 mil e 4,1 mil vagas. Já o Comércio encerrou 28,8 mil postos de trabalho.
Afif destaca que essa é mais uma prova do quanto as micro e pequenas empresas podem ajudar na retomada do crescimento econômico. Segundo ele, governo e Congresso Nacional devem lutar por medidas que assegurem o tratamento diferenciado previsto na Constituição. “Facilitar o acesso ao crédito, flexibilizar as leis trabalhistas com a regulamentação de terceirização e a simplificação e a redução dos impostos são medidas que incentivarão as contratações pelos pequenos negócios”, aposta.