De olho na diversidade e inclusão, HR Tech direciona holofotes aos talentos

Com soluções personalizadas, empresa aumentou em 34% a contratação de mulheres e pessoas pretas em companhia do segmento de produtos digitais
Os vieses inconscientes são  preconceitos, estereótipos ou pensamentos tendenciosos sobre determinado tema ou grupo social. Na luta contra essas ideias, a Jobecam, HR Tech especializada em seleção de pessoas com diversidade e inclusão, tem promovido ações para destacar as qualidades dos talentos e eliminar a possibilidade de preconceitos enraizados sobre os fatores físicos e pessoais dos participantes durante os processos seletivos. Assim, promoveu em 34% a diversidade no quadro de colaboradores da BRQ, empresa de desenvolvimento de produtos digitais, garantindo a contratação de mais mulheres e pessoas pretas e pardas no time.
Embora as iniciativas de diversidade e inclusão de grupos minoritários no mercado de trabalho estejam em pauta, ainda há muito a progredir. O Índice Folha de Equilíbrio Racial afirma que o Brasil deve levar quase 116 anos para que pretos e pardos tenham acesso às mesmas oportunidades que os brancos. Outra recente pesquisa feita pela W.Lab, uma parceria dos institutos Locomotiva e IDEIA, evidencia que as mulheres detêm apenas 37% da renda gerada no mercado de trabalho, mas são responsáveis por 52% das horas trabalhadas, fato que ainda ocorre devido à existência de vieses inconscientes.
Para Cammila Yochabell, (foto em destaque) CEO e fundadora da HR Tech, esses pensamentos precisam ser tratados pelos gestores como as maiores barreiras no momento de recrutamento, já que impossibilitam de  tornar o mercado de trabalho mais equitativo. “Desde 2016 a Jobecam vem falando sobre esses impactos no RH e de como esse fator tem sido limitante para diversos grupos minoritários. Caso as empresas não implementem soluções capazes de driblar esse pensamento ainda estarão muito atrás de equiparar o quadro de colaboradores”, afirma a CEO da empresa.
Uma das companhias que decidiu ir além dessas ideias inconscientes é a BRQ. Nela, a HR Tech foi responsável por aumentar em aproximadamente 35% o número de mulheres e pessoas pretas por meio de entrevistas pré-gravadas de forma anônima. Para a Andreza Cavalcanti, Gerente de Pessoas da BRQ, a contratação dos serviços da HR Tech é a maneira ideal para oferecer oportunidades mais justas aos talentos. “A decisão de adotar a Jobecam foi impulsionada pelo nosso compromisso em criar um ambiente cada dia mais diverso. Além disso, os candidatos merecem um processo seletivo justo, com base em suas habilidades e competências”, pontua a executiva.

Em foco: o que realmente importa
A aparência física, voz ou até mesmo o gênero são fatores que geram, ou não, afinidade nas pessoas gestoras, e elas podem impactar de forma negativa na seleção de um determinado candidato. “É muito comum os líderes escolherem alguém que se assemelha a ele, fazendo isso de forma involuntária”, explica Cammila. “Por isso, quando a especialista indica sobre ‘virar os holofotes para os talentos’, não é para esconder quem é a pessoa candidata e sim destacar suas qualificações, expertises e formações. “Não importa o CEP, gênero, raça e características pessoais daquele indivíduo, mas sim as soft skills que eu como gestor estou procurando para a vaga”.
As funcionalidades disponibilizadas pela Jobecam são a entrevista pré-gravada anônima, currículo anônimo e entrevista anônima. Com elas, a empresa tem mostrado ao mercado a importância de tornar a seleção e recrutamento mais justa, e de forma que possibilite os talentos diversos conquistarem oportunidades de recolocação nas principais empresas do país.
Além disso, a especialista em diversidade e inclusão ainda dá dicas de como evitar essas tendências preconceituosas. “Tenha um olhar atento ao histórico de contratações da sua empresa, peça feedbacks das pessoas candidatas sobre o processo de seleção, utilize a tecnologia ao seu favor para tornar os processos mais diversos. Se avaliou que sua empresa não tem caminhado a passos curtos de equiparar o quadro de colaboradores e que as medidas tomadas não obtiveram efeitos realmente promissores é importante entender a raiz do problema”, finaliza a fundadora.

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