A perda de grau de investimento pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s determinou a tomada de outro caminho pela economia brasileira. O Planalto já se mobilizou para conquistar o equilíbrio fiscal, sob pena de o País ter que adiar por mais tempo a volta do crescimento. Por mais que se criem fórmulas para equilibrar a despesa com a receita, o Brasil não volta ao desenvolvimento se não superar o estresse energético que vem aumentando custos de produção a níveis incompatíveis com uma economia em declínio.
Hoje, o setor energético, movido pelas termelétricas, depende muito do tempo e a chuva anda escassa. Para compensar, o governo liga as termelétricas, o preço da energia sobe e a natureza é bombardeada com mais gases do efeito estufa. Por isso, o investimento na produção de energia limpa tornou-se tão urgente, conforme mostramos na reportagem de capa desta edição. Além de garantir a sanidade do planeta, o sistema carrega forte potencial para fomentar o desenvolvimento econômico.
Recentemente, a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI) e o Instituto Global de Crescimento Verde (GGGI) lançaram um relatório, com base em pesquisa realizada em países desenvolvidos, sugerindo ampliar o investimento na área, sob o argumento de que, além de preservar a natureza, a modalidade também cria novas oportunidades de emprego. O melhor de tudo é que a energia limpa não tem lado ruim.