Saúde mental: Empresas recorrem a testes psicológicos para prevenção e diagnóstico

Ferramentas de avaliação se tornam aliadas estratégicas das áreas de Recursos Humanos, apoiando decisões mais assertivas e o cuidado com o bem-estar emocional dos colaboradores

O aumento dos afastamentos por ansiedade, depressão e outros transtornos mentais no ambiente de trabalho acendeu um alerta nas áreas de Recursos Humanos. Segundo dados do Ministério da Previdência Social, o Brasil registrou 472 mil afastamentos em 2024. Diante desse cenário, cresce o número de empresas que têm recorrido a testes psicológicos e avaliações cognitivas como estratégia preventiva e de desenvolvimento humano.

De acordo com levantamento da VOL Vetor Online, plataforma da Vetor Editora, empresa especializada em saúde mental, parte do grupo Giunti Psychometrics, já foram realizadas mais de 5 milhões de aplicações de testes on-line no Brasil. Desse total, 35,82% correspondem a testes de avaliação da atenção, evidenciando a preocupação crescente das empresas com os impactos cognitivos e emocionais de um mundo hiperconectado e de ritmo acelerado.

“O RH vive um momento de transformação profunda. Hoje, as áreas de gestão de pessoas precisam olhar para além das habilidades técnicas — é preciso compreender o indivíduo como um todo. Os testes psicológicos oferecem uma lente precisa para entender como cada colaborador pensa, reage e se adapta aos desafios do ambiente de trabalho”, explica Alessandra Kinjo, psicóloga da Vetor Editora e especialista em NR-1.

Avaliar para cuidar e desenvolver

Dentro das empresas, a aplicação de testes psicológicos tem se expandido para diferentes frentes. Além de processos seletivos, eles são cada vez mais usados em programas de desenvolvimento de liderança, diagnósticos de clima e saúde mental, e acompanhamento de equipes de alta performance.

“Ferramentas bem aplicadas permitem identificar sinais precoces de estresse, burnout e desmotivação, ajudando as organizações a agir antes que o problema se agrave. Esse olhar preventivo é essencial em um cenário de aumento dos afastamentos por transtornos mentais no país”, destaca André.

Apesar da expansão do uso, André destaca que a aplicação e a interpretação de testes psicológicos devem sempre seguir critérios técnicos e éticos rigorosos.

“O uso responsável dos instrumentos é fundamental. Testes psicológicos precisam ser aplicados por profissionais qualificados e com base em instrumentos aprovados pelo CFP, garantindo validade científica, precisão e respeito à privacidade dos colaboradores. Na Vetor Editora, esse é um compromisso constante: promover uma cultura de avaliação ética e tecnicamente sólida.”

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