Conheça 8 empresas que auxiliam no enfrentamento da crise climática

Estudo indica que 50% das organizações globais já adotam soluções tecnológicas para atingir metas ambientais

 

Com a COP29 e a COP30 impulsionando discussões sobre a crise climática e em um cenário global que exige respostas urgentes, organizações estão direcionando seus negócios para promover impacto socioambiental. No Relatório de Sustentabilidade CxO 2024 da Deloitte, que analisou mais de 2 mil líderes em 27 países, 85% dos entrevistados afirmaram ter aumentado os investimentos em sustentabilidade no último ano. Além disso, 50% estão adotando soluções tecnológicas para atingir metas ambientais.

Alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, empresas brasileiras assumem liderança entre inovação empresarial e desenvolvimento sustentável em suas estratégias.

A seguir, confira algumas das principais iniciativas:
 

 

 

Futuro do alimento e consumo sustentável

A Typcal, primeira foodtech da América Latina a desenvolver um novo ingrediente alimentício a partir de fermentação de micélio, as raízes dos cogumelos, para possibilitar uma alimentação mais saudável e sustentável para o nosso dia a dia.
Com biotecnologia de ponta, a empresa desenvolveu o processo mais rápido do mundo, que dura somente 24 horas para produzir esse novo e inovador ingrediente que é fonte de proteínas e fibras. Seu processo produtivo emite 98% menos CO2 e reduz a pegada hídrica em 99,8% comparada à carne bovina.

Transformação de recursos e de subprodutos

Já a Mush, startup que fornece materiais que podem substituir polímeros sintéticos em aplicações como embalagem secundária, tem a missão de revolucionar diversos setores. Trabalhando com biotecnologia à base de  micélio, a empresa está transformando subprodutos da agricultura em novos produtos para diversas atividades como a construção civil, arquitetura e decoração pelas suas características de absorção acústica, isolamento térmico retardante de chama.
No caso das embalagens secundárias uma das maiores vantagens é ser 100% biodegradável, podendo ser descartada, após o uso, diretamente na natureza.
Com absorção de CO2 durante a produção, a biotecnologia impulsiona o agronegócio e gera impactos ambientais positivos.
 

 

 

Biotransformação para um futuro mais verde

A Mush é uma startup de biotecnologia 100% brasileira. É focada na biotransformação de resíduos orgânicos em materiais Next Gen, capazes de substituir produtos industriais convencionais oferecendo soluções sustentáveis e inovadoras.
A Mush transforma resíduos agroindustriais em um biotecido sustentável de micélio, sendo uma alternativa para a substituição do couro sintético e animal.
Materiais estes amplamente utilizados nos segmentos da moda, móveis e automotivo. O biotecido representa um avanço significativo para a redução dos impactos ambientais e a promoção de um futuro mais sustentável.
 

Alimento consumido e não desperdiçado

A  Connecting Food , primeira foodtech brasileira de impacto social especializada em conectar alimentos que seriam descartados por empresas, mas ainda bons para consumo, às organizações sociais que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social, resolve um dos maiores paradoxos da atualidade: a fome e o desperdício de alimentos. A empresa já converteu mais de 16 mil toneladas de alimentos em perfeitas condições de consumo que seriam desperdiçados por razões estéticas em 30 milhões de refeições desde 2019 em parceria com grandes empresas do varejo e mais de 600 organizações sociais espalhadas por todo o país.
Com a sua atuação, além de endereçar o problema da insegurança alimentar, a Connecting Food contribui para evitar o agravamento das mudanças climáticas, uma vez que o desperdício de alimentos é uma das maiores fontes de emissão de gases de efeito estufa. De fato, se fosse um país, o desperdício de alimentos seria um dos maiores emissores, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.
 

 

 

Economia circular no setor frigorífico

A Adeste, indústria que atua nos segmentos de saúde, alimentação e nutrição animal, têm como um de seus pilares centrais a inovação e a sustentabilidade.
Enxergando valor onde ninguém mais vê, a companhia, que está no mercado há 70 anos, atua promovendo a economia circular no setor frigorífico ao reaproveitar insumos animais que seriam descartados.
Pioneira no mercado, a empresa é, atualmente, líder na produção de heparina bovina e sulfato de condroitina, além de fios de sutura absorvíveis. Grande parte de seus produtos são feitos a partir de matérias-primas animais que seriam descartadas.

Valorização da agricultura familiar

A Raízs, foodtech líder no segmento de alimentação saudável, valoriza a conexão entre a cidade e o campo, com a agricultura familiar como premissa.
Com mais de 1.500 famílias de produtores, a foodtech impacta diretamente cerca de 7.500 pessoas do Rio Grande do Sul à Amazônia. Sem intermediários, a companhia incentiva a agricultura orgânica, agroecológica e a produção artesanal brasileira, com respeito ao meio ambiente e aos animais.
Isso representa mais qualidade para os consumidores com produtos orgânicos de qualidade e melhora na renda dos produtores.
A Raízs também usa a tecnologia em favor do meio-ambiente, evitando o desperdício de alimentos, isso porque todos os pequenos produtores estão integrados com a base de dados, assim tanto o plantio quanto a colheita são feitos de forma sincronizada com os comportamentos de compras dos clientes.

Redução de papel no setor laboratorial

A Labsoft, maior desenvolvedora de LIMS no Brasil e América Latina, lidera a transformação digital e a otimização de processos laboratoriais em setores como meio ambiente, alimentos e bebidas, mineração e metais, químico, e óleo e gás. A tecnologia desenvolvida pela empresa digitaliza e centraliza dados, reduzindo a quantidade de papel utilizado diariamente, tornando o setor laboratorial muito mais sustentável.

Usando o myLIMS, software proprietário da Labsoft, companhias como Bem Brasil e Leão Alimentos e Bebidas conseguiram economizar 156 mil folhas de papel anualmente e reduzir 100% o uso de papel no laboratório, respectivamente.

Usar a tecnologia e evitar o desperdício

A Food To Saft é uma foodtech sustentável, que nasceu para revolucionar o desperdício de alimentos no Brasil. Por meio de um aplicativo, atua como um elo entre estabelecimentos que possuem excedentes de produção e clientes engajados com o consumo consciente. Com mais de 3,8 mil toneladas de alimentos resgatadas e 3,8 milhões de Sacolas Surpresa vendidas em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Campo Grande, Vitória, Cuiabá e Fortaleza, a empresa mostra importante valor para enfrentar os problemas ambientais, sociais e econômicos que o país vive.
A startup conta com mais de 332 mil seguidores no Instagram e foi ainda classificada como uma das melhores empresas para trabalhar em 2023, segundo o ranking da Great Place to Work. No mesmo ano, a empresa esteve entre os 10 apps mais baixados no Brasil, foi finalista na categoria Alimentos – Delivery do Prêmio Reclame Aqui 2023 e está também entre as empresas selecionadas na segunda edição do Ranking EXAME Negócios em Expansão, na categoria Novatas. Em 2024, a foodtech recebeu selo do Sistema B, reforçando seu compromisso com a sustentabilidade.

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