COP30: Soluções brasileiras vem ganhando destaque para reduzir impactos e promover sustentabilidade

De iniciativas de reciclagem à geração de energia limpa, empresas mostram caminhos para a sustentabilidade

Com a COP30 marcada para novembro de 2025, em Belém (PA), o Brasil vive um momento decisivo em sua agenda ambiental e climática. O encontro, que reunirá líderes globais, especialistas e representantes da sociedade civil, será uma oportunidade estratégica para o país mostrar avanços e reforçar compromissos em torno da Agenda 2030 da ONU e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Embora o país tenha investido em políticas públicas voltadas à preservação ambiental, ao combate à fome e à redução das desigualdades, os desafios permanecem expressivos. De acordo com o Relatório Luz 2024, elaborado pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 (GT Agenda 2030), apenas 7% dos ODS apresentaram avanço satisfatório, enquanto 34,5% tiveram progresso considerado insuficiente.

Na contramão desse cenário, empresas brasileiras vêm se movimentando para apresentar soluções concretas e inovadoras que podem ganhar visibilidade internacional durante a COP30. Nesse sentido, veja a seguir algumas iniciativas que reforçam o papel do Brasil como protagonista no debate global:

1. Gestão de resíduos e projeção energética
O Grupo Multilixo se destaca por transformar resíduos em recursos, gerar energia limpa e reduzir impactos ambientais, sendo um dos exemplos mais concretos de ecoeficiência no Brasil, aplicada em cada uma de suas operações. Na prática, essa atuação começa com a Flacipel, maior planta de reciclagem da América Latina, que processa até 8.000 toneladas por mês e separa mais de 130 tipos de materiais com alta rastreabilidade. Além de fortalecer a economia circular, essa operação cria a base para outras soluções integradas de sustentabilidade.

Um desses desdobramentos é a UTGR de Jambeiro, que converte resíduos orgânicos em biometano, evitando cerca de 170 mil toneladas de CO₂ por ano e abastecendo parte da frota do Grupo. Paralelamente, a UR Florestal restaura áreas degradadas e compensa mais de 561 mil toneladas de CO₂, reforçando o elo entre preservação ambiental e geração de energia limpa.

Essas iniciativas consolidam o Grupo Multilixo como referência nacional em sustentabilidade, provando que inovação, eficiência e impacto positivo podem caminhar lado a lado.

2. Biotecidos regenerativos a partir de resíduos agroindustriais
A Muush, startup brasileira, aposta no micélio para desenvolver biotecidos sustentáveis que substituem o couro animal e sintético. Ao transformar resíduos agroindustriais em materiais de alto valor agregado, a empresa estimula cadeias produtivas mais limpas e resilientes, fortalecendo a bioeconomia circular no país.

Com aparência e textura semelhantes às do couro tradicional, o material desenvolvido pela Muush pode ser aplicado nas indústrias da moda, moveleira e automobilística, apresentando uma redução de até 95% nas emissões de CO₂ equivalente em comparação ao couro animal, além de uma pegada hídrica 99% menor.

Combinando inovação, impacto ambiental positivo e produção sustentável, a Muush se consolida como um dos principais exemplos nacionais de como a biotecnologia pode transformar resíduos em valor e impulsionar a transição para uma economia regenerativa.

3. Combate ao desperdício de alimentos
A Food To Save, app nº1 no combate ao desperdício de alimentos no Brasil, conecta estabelecimentos parceiros que possuem excedentes de produção a consumidores engajados e dispostos a adquirir esses produtos com descontos atrativos. Dessa forma, a startup não apenas evita o desperdício de alimentos em escala nacional, como também promove acesso a refeições de qualidade por preços mais acessíveis e reduz as emissões de carbono, em sinergia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente os de fome zero (ODS 2), consumo e produção responsáveis (ODS 12) e combate às mudanças climáticas (ODS 13).

Atualmente, já são mais de 13 mil toneladas de CO² que deixaram de ser emitidos e mais de 5,3 mil toneladas de alimentos salvos. “Nosso propósito é mostrar que o combate ao desperdício pode ser uma solução viável tanto do ponto de vista econômico quanto social e ambiental. Na COP30, queremos reforçar que pequenas mudanças de hábito, quando potencializadas pela tecnologia, podem gerar um impacto coletivo significativo para o planeta”, destaca Lucas Infante, CEO da Food To Save.

4. Transformação digital e eficiência impulsionam sustentabilidade
O ESG é um pilar de força na agenda dos negócios independentemente do setor, tamanho e país de atuação. Uma pesquisa global da EY, uma das maiores consultorias e auditorias do mundo, a “Global Reporting and Institutional Investor Survey”, mostra que 99% dos investidores utilizam as divulgações ESG das empresas para direcionar suas decisões de investimento.

Atenta ao cenário, a SoftExpert, multinacional de soluções de gestão empresarial, oferece ferramentas direcionadas à sustentabilidade e à governança corporativa. Uma das empresas que aderiu à solução é a Copapel, fornecedora de produtos e serviços para higiene e limpeza profissional.

Fundamental para a elaboração do relatório de sustentabilidade, produzido anualmente pela Copapel, a ferramenta simplifica e automatiza a compilação dos dados que envolvem os fatores Ambientais, Sociais e de Governança Corporativa, por meio de uma gestão centralizada dos três pilares sustentáveis. Isso porque, além dos dados gerados pelo software, ele permite a integração com outros sistemas, como ERP´s, e a consolidação de indicadores do universo ESG como: emissão de CO2, consumo de água e consumo de energia, tudo em um único lugar.

5. Gestão logística eficiente e diminuição da emissão de CO2
A integração logística tem se mostrado uma alavanca decisiva para a construção de cadeias mais sustentáveis e eficientes, reduzindo custos e, sobretudo, a emissão de CO₂. Nesse contexto, a nstech, maior empresa de software para supply chain da América Latina, lidera o movimento ao oferecer uma plataforma capaz de conectar todos os elos do ecossistema logístico em tempo real. Com digitalização de processos, automação de rotas e gestão inteligente do transporte, a companhia viabiliza um uso mais racional de recursos, evita deslocamentos desnecessários e promove a redução significativa do consumo de combustível.

Esse ganho operacional se traduz em impactos diretos na mitigação das emissões de gases de efeito estufa, apoiando as empresas em suas metas de compliance ambiental e em compromissos ESG cada vez mais exigidos pelo mercado. Além disso, ao eliminar redundâncias e aumentar a previsibilidade, a nstech permite que clientes transformem trade-offs em vantagens competitivas.

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