Empreendedor aponta desafios e oportunidades do mercado de energia verde

Com 89% de energia elétrica oriunda de fontes limpas, Brasil se mostra celeiro para investimentos no setor

Cerca de 89% da oferta interna de eletricidade no Brasil é proveniente de fontes limpas, segundo o Balanço Energético Nacional (BEN) 2024, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME). De acordo com o levantamento, a participação expressiva de soluções renováveis na matriz elétrica é viabilizada principalmente por conta dos recursos hídricos, mas as fontes eólicas e solar fotovoltaica têm aumentado a sua participação.

Esse mercado, somado ao de créditos de carbono, serão responsáveis por movimentar em terras brasileiras mais de U$ 124 bilhões até 2040, revela projeções da consultoria MCKinsey. “Os dados colocam em evidência o mar de oportunidades do setor de energia limpa no país, destacando a potência brasileira e a importância de investimentos que promovem a eficiência energética para milhões”, afirma Marcelo Freitas (foto em destaque), CEO da plataforma de benefícios sustentáveis Prospera.

A alta abundância de recursos naturais permite que o país diversifique a sua matriz, reduzindo não só os custos de produção e distribuição, mas também problemas como a estiagem que prejudica a produção das hidrelétricas. Ao optar por energia solar, por exemplo, os imóveis não economizam apenas na conta de luz, mas também, em alguns municípios, recebem benefícios fiscais por meio do IPTU Verde.

“O programa de incentivo ambiental é regulamentado por legislações municipais específicas, oferecendo descontos que variam entre 1% e 5% para estabelecimentos que adotam ações sustentáveis, como de energia limpa. Vale reforçar que algumas prefeituras ainda permitem acumular essas deduções, alcançando até 20% de redução”, explica o executivo.

Potência energética e os desafios

O engajamento do governo em pautas de eficiência energética levou o Brasil a ocupar o primeiro lugar do ranking de eletricidade renovável entre os países do G20, deixando Canadá e Alemanha na segunda e terceira posição, respectivamente. A lista tem como base dados de 2023, levantados pelo think tank de energia Ember.

Ao assumir o protagonismo desse mercado, o Brasil tem atraído investimentos para o setor. Consequentemente, há geração de emprego, renda e maior movimentação na economia. “A indústria de energia renovável, bem como de negócios sustentáveis, é altamente escalável e potencializa conversas necessárias sobre a preservação de recursos naturais. Vivemos um momento em que pautas ambientais se tornam cada vez mais urgentes”, avalia Marcelo.

Se de um lado há oportunidades, do outro ainda existem desafios, como a percepção de que o acesso à energia mais limpa tem um alto custo, tanto para empresas quanto para pessoas físicas. Para responder a essa barreira inicial, o mercado vem evoluindo de forma dinâmica. Desde políticas de financiamento com juros mais acessíveis até programas inovadores como a Assinatura Verde, criada pela Prospera, que torna possível os clientes serem autoprodutores de energia fotovoltaica, sem custo de infraestrutura e sem fidelidade.

Mais do que oferecer energia limpa, a Prospera promove um propósito maior: transformar a sustentabilidade em um benefício real, acessível e contínuo. Por meio do programa de benefícios sustentáveis, cada participante acumula vantagens ao longo do tempo, quanto maior o engajamento, maior o acúmulo de pontos que podem ser utilizados para o pagamento da conta de luz. É a sustentabilidade recompensando quem faz parte do programa.

Esse modelo se torna ainda mais relevante diante dos desafios energéticos do país, como as crises hídricas e os períodos prolongados de estiagem, que pressionam o sistema elétrico e elevam os custos da energia. “Quando consideramos que grande parte do Brasil depende de uma única matriz, que é a hidrelétrica, compreendemos a importância da diversificação com fontes como a solar”, reforça Marcelo.

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