Conectadas com os objetivos, empresas abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados
Visando erradicar a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima, e garantir que as pessoas, mundo afora, possam desfrutar de paz e prosperidade, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU são um apelo global a fim de atingir, em 2030, um mundo melhor para todos os povos e nações. Os 17 objetivos foram estabelecidos em 2015 e constituem uma agenda mundial para a construção e implementação de políticas públicas para guiar a humanidade. Essa agenda contempla um plano de ação internacional para o alcance dos ODS desdobrado em 169 metas, que abordam temas fundamentais para o desenvolvimento humano em cinco pilares principais: paz, prosperidade, parceria, pessoas e planeta.
Conectadas a esses objetivos, algumas empresas vêm revolucionando o mercado, trazendo modelos de negócios inovadores e que corroboram para que seja possível atingir a agenda da ONU até 2030. Ainda que práticas de ESG estejam em voga e sendo constantemente adotadas por empresas dos mais diversos segmentos, essas empresas foram além: mais do que desenvolver ações que visem minimizar seus impactos no meio ambiente, fizeram da causa global o centro do seu negócio.
Fundada por Tomás Abrahão, a Raízs é uma foodtech de orgânicos e saudáveis pioneira em valorizar o pequeno produtor. Com mais de 900 produtores em suas fazendas, a empresa promove um laço entre a cidade e o campo, por meio da ligação entre as famílias de pequenos produtores e os produtos comercializados na grande São Paulo. Com o objetivo de diminuir o desperdício de alimentos, a Raízs desenvolveu uma tecnologia exclusiva, baseada em Inteligência Artificial, que prevê o consumo de cada ciclo e faz com que sejam retirados do solo apenas os alimentos que serão, de fato, consumidos. Conectada com 12° objetivo de desenvolvimento sustentável: consumo e produção responsáveis, a startup garante a sustentabilidade do início ao fim da cadeia, evitando o uso desenfreado do solo.
Liderado por Rodrigo França, o Instituto I.S é uma Organização Social Civil privada e sem fins lucrativos, fundada em 2011, que atua no modelo think tank, propondo projetos, ações, realizando pesquisas, e iniciativas com foco no desenvolvimento socioeconômico e estratégico de políticas públicas, agenda ESG, englobando também outros temas como economia criativa, inovação, preservação do patrimônio e smart cities, em sinergia com o 11° ODS: Cidades e comunidades sustentáveis. Atualmente, o instituto conta com o projeto da Estação do Conhecimento, que recebeu apoio financeiro do BNDES, EDP, MRS e Gestamp, para viabilizar, por meio do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), via Edital Resgatando a História, as obras do restauro do Complexo Ferroviário de Taubaté. Todo o planejamento da Estação vem sendo construído para, em 12 meses, ser um ecossistema de inovação, conteúdo e networking, cumprindo seu papel de empoderar a sociedade de forma que ela se desenvolva muito além do fator econômico.
Já a Alacero, Associação Latino-americana de Aço é uma entidade civil sem fins lucrativos que integra a cadeia de valor do aço latino-americano com o objetivo de promover sustentabilidade, emprego industrial de qualidade, integração regional, inovação tecnológica, cuidado com o meio ambiente, excelência em recursos humanos, segurança no trabalho, desenvolvimento integral de suas comunidades e responsabilidade corporativa. Alinhada ao objetivo 9 da ODS: Indústria, inovação e infraestrutura, a Associação foi fundada em 1959 e é composta por mais de 60 empresas produtoras e afins e mais de 1,2 milhão de trabalhadores, cuja produção se aproxima de 60 milhões de toneladas por ano. Nessa linha, a Alacero é reconhecida como Organização Especial de Consultoria pelas Nações Unida e representa a cadeia latino-americana perante organismos internacionais como worldsteel, OCDE, Agência Internacional de Energia (IEA), ONU (UNCTAD) e BID, aos quais leva as ideias e posições de seus parceiros.
A Semente é uma empresa de consultoria e educação empreendedora que capacita pessoas e ecossistemas a inovar com propósito de gerar prosperidade. Há mais de 10 anos, trabalha a inovação como estratégia, tendo como objetivo gerar resultados de impacto positivo junto a pessoas empreendedoras, grandes companhias, entidades públicas e privadas, visando a resolução de problemas socioambientais e econômicos. Conectada com o objetivo 5 da ONU, que representa Igualdade de gênero, a empresa fechou 2022 com apoio a mais de 2 mil empreendedoras e com projetos em 15 estados. O número de mulheres apoiadas já representa 80% do total de pessoas atendidas pela empresa no ano passado.
A Food To Save, por sua vez, é uma foodtech sustentável que nasceu para revolucionar o desperdício de alimentos no Brasil. Atua como um elo entre estabelecimentos que possuem excedentes de produção e clientes engajados e preocupados com o consumo consciente. Mais do que contribuir para um planeta mais sustentável, a startup engaja e empodera pessoas a reverem seus hábitos alimentares, lutando contra o desperdício de alimentos. Em união com o objetivo 2 da ODS: Fome zero e agricultura sustentável, a foodtech já resgatou mais de 1200 toneladas de alimentos na capital paulista, no Grande ABC, em Campinas (SP), Americana (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF) por meio do seu modelo de negócio, a empresa já mostra importante valor para enfrentar os problemas ambientais, sociais e econômicos que o país vive.
Com foco no ODS 4: Educação de qualidade, a Proesc, edtech amapaense que desenvolve soluções inovadoras para instituições de ensino, atua há 14 anos digitalizando escolas em mais de 5 países. Nascida no norte do país, foi responsável por implementar internet nas instituições de ensino do estado para acessibilizar o uso da ferramenta para os alunos, professores e gestores. Atualmente, com o objetivo de acelerar a transformação digital da educação, a plataforma oferece serviços integrados que facilitam o acompanhamento de atividades, aulas e serviços escolares. Assim a Proesc assegura uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade para todos.
Como especialistas em gerar impacto no ecossistema de negócios, inovação e maternidade, a B2Mamy, é a Socialtech que conecta mães e mulheres em comunidade tornando-as líderes e livres economicamente por meio de educação, empregabilidade e pertencimento. Agindo em prol dos objetivos 5 e 8 da ODS, que estão conectados, respectivamente, a igualdade de gênero e trabalho decente e crescimento econômico, a socialtech atua em diferentes frentes oferecendo programas de capacitação e aceleração de empresas lideradas e fundadas por mães e mulheres, além de contar com programas de recolocação no mercado de trabalho e desenvolvimento de carreiras. Ao longo de 06 anos de existência, a empresa já contribui na geração de mais R$ 20 milhões em renda e, por meio de um modelo de negócio B2B2C, já uniu grandes marcas como a Mustela, Multikids, Sproutfi, PinePR, entre outras que desejam investir em impacto social com a comunidade.
Já a Connecting Food, primeira foodtech brasileira de impacto social focada na gestão inteligente de doação de alimentos excedentes, move seus esforços para mitigar um dos problemas mais paradoxais da atualidade: a fome e o desperdício de alimentos. Atrelada ao objetivo 12 da ODS: consumo e produção responsáveis, a foodtech, por meio da conexão entre empresas e Organizações da Sociedade Civil (OSCs), fomenta o desenvolvimento sustentável de forma inovadora nas organizações dentro do setor de alimentos, o que auxilia diretamente para que os alimentos ainda bons para consumo, mas sem valor comercial, sejam distribuídos para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Atualmente, a Connecting Food atende 404 Organizações da Sociedade Civil (OSCs) em 129 cidades de 21 estados do país, e já distribuiu mais de 8 mil toneladas de alimentos que seriam desperdiçados, garantindo o complemento de mais de 15 milhões de refeições na mesa de brasileiros.
Com foco no objetivo 3 da ODS: Saúde e bem estar, a Vittude é a healthtech referência em programas de gestão estratégica de saúde mental para empresas. Por meio da plataforma proprietária, a empresa oferece uma solução completa para o bem-estar psicológico dos colaboradores por meio de diagnóstico, educação emocional, aculturamento de saúde mental e psicologia online. Criada com o objetivo de democratizar o acesso a serviços de saúde mental de qualidade, a startup possui atualmente 200 clientes em todo o Brasil e já cobre mais de 600 mil vidas atualmente.
Já a Newa, consultoria de DE&I e saúde emocional para as organizações, impacta positivamente nos seguintes objetivos da ODS – 5: Igualdade de gênero, 8: Trabalho decente e Crescimento econômico, 10: Redução das desigualdades e 16: Paz, Justiça e Instituições eficazes. A empresa prepara as organizações por meio de sensibilizações, workshops, treinamentos e consultorias com o propósito de construir uma sociedade mais justa e com mais equidade.