O especialista e empreendedor Gustavo Caetano, CEO e fundador da Samba, adianta o impacto da Inteligência Artificial na vida e nos negócios daqui para frente

Um estudo realizado pela McKinsey aponta que 72% das organizações ao redor do mundo adotaram a Inteligência Artificial no último ano. Desde robôs cada vez mais inteligentes até óculos de realidade aumentada, a evolução da IA está acelerando e remodelando todos os setores.
Gustavo Caetano, CEO e fundador da Samba (foto em destaque), especialista em soluções digitais inteligentes e eficazes com foco em Inteligência Artificial, que impulsionam resultados e vantagens competitivas para empresas, listou as principais tendências que estão moldando o mundo da inteligência artificial e que, em 2025, prometem transformar profundamente o mercado. Para entender o que está por vir e como isso pode impactar sua vida e negócio, confira:

1. IA escalando para o mundo real

Imagine um mundo onde as máquinas não apenas funcionam, mas aprendem como melhor desempenhar suas tarefas — em escala global. A tendência de “IA Escalonada” está em expandir as capacidades dos modelos de IA para serem aplicáveis não apenas em pequenas tarefas de laboratório, mas em soluções empresariais massivas. “Esse escalonamento significa poder computacional maior, mais dados e mais eficácia, trazendo a IA do nível experimental para o nível corporativo”, explica Caetano.
Os avanços incluem o uso de técnicas como a “Recuperação-Aumentada por Geração” (RAG), que é como dar à IA acesso a uma biblioteca completa durante uma conversa. Isso aumenta a capacidade da IA de oferecer respostas precisas e personalizadas, o que é uma virada de jogo para empresas que buscam automação sem abrir mão da qualidade.
“Em outras palavras, a IA está crescendo e se tornando mais robusta, capaz de lidar com desafios mais complexos e assumir responsabilidades maiores, como gerenciar cadeias de suprimentos e prever demandas de mercado”, conclui.

2. IA multimodal

Você já imaginou um sistema que não só entende textos, mas também vídeos, áudios e imagens? Bem, é isso que a IA Multimodal está trazendo para 2025. A ideia é integrar vários tipos de dados para criar sistemas que sejam mais parecidos com a forma como os humanos entendem o mundo.
O CEO da Samba explica que um exemplo disso são os novos assistentes virtuais que não apenas respondem perguntas, mas também conseguem ver e ouvir o que está ao seu redor. Eles podem interpretar o contexto de uma imagem e combinar isso com uma pergunta de áudio, oferecendo respostas que fazem sentido de uma maneira mais profunda.

3. IA agente: chegou a era dos assistentes autônomos

Esses sistemas não apenas respondem ao que pedimos, mas têm a capacidade de tomar decisões e agir por conta própria, e por isso estão cada vez mais presentes em diferentes áreas.
Existem três tipos principais de agentes que estão ganhando destaque: os agentes pessoais, que ajudam indivíduos em tarefas diárias, como organizar a agenda ou gerenciar e-mails; os agentes baseados em persona, que são especializados em áreas específicas, como assistentes jurídicos ou contábeis, e possuem conhecimentos profundos em um único campo, e os agentes empresariais, que funcionam como representantes digitais de empresas, atendendo clientes, solucionando problemas e até mesmo realizando vendas.
Segundo Gustavo, eles representam uma enorme oportunidade para negócios, pois não apenas automatizam tarefas repetitivas, mas também adicionam um toque de personalização que antes era impossível.

4. Data Centers de IA: a nova corrida do ouro

Para suportar toda essa revolução da IA é necessário muito poder de processamento — e é aqui que entram os data centers especializados em IA. Os grandes players da tecnologia estão investindo bilhões de dólares na criação de infraestruturas voltadas para IA, que precisam lidar com demandas de energia e resfriamento muito superiores aos data centers tradicionais.
“Estamos falando de uma corrida que não é apenas para construir mais data centers, mas também para torná-los mais sustentáveis. Alternativas como energia nuclear e resfriamento líquido estão sendo exploradas para garantir que a IA não se torne uma vilã do consumo de energia”, analisa Caetano.

5. Robótica de uso geral

Você já deve ter visto vídeos dos robôs da Boston Dynamics pulando, correndo e realizando tarefas incríveis. A tendência agora é levar esses robôs para além de demonstrações impressionantes e colocá-los no mercado para resolver problemas reais.
Gustavo explica que esses robôs podem ser usados em indústrias, hospitais e até em ambientes domésticos. “Eles são altamente adaptáveis, com capacidade de entender e reagir ao ambiente — uma evolução crítica para transformar robôs em aliados do nosso dia a dia”.

6. Inovação energética para sustentar a IA

Com toda essa demanda por IA, a energia está se tornando um grande desafio. As grandes empresas de tecnologia estão investindo em soluções de energia sustentáveis para garantir que seus data centers consigam suportar as demandas futuras sem comprometer o meio ambiente.

“Isso significa que veremos avanços não apenas na própria IA, mas também em como geramos e utilizamos energia de maneira mais inteligente”, conta o fundador da Samba.
Portanto, vale ressaltar que a revolução da IA não é algo do futuro distante — está acontecendo agora e está acelerando. “As tendências que exploramos aqui mostram que estamos caminhando para um mundo mais inteligente, conectado e automatizado. Desde assistentes virtuais que realmente entendem o que precisamos, até carros que nos levam com segurança ao nosso destino e ferramentas que democratizam a criação de conteúdo, a IA está transformando não só os negócios, mas também a forma como vivemos”, finaliza Caetano.