Fundada há dois anos pelo CEO Matheus Goyas, edtech teve crescimento de 500% em alunos em 2020 e espera capacitar até 3 mil estudantes neste ano.
A Trybe, escola de formação de profissionais para o setor de tecnologia, anunciou uma rodada de captação série B, no valor de R$ 145 milhões, liderado por Base Partners e Untitled e contou com a participação de XP Inc., Global Founders Capital, Endeavor Scale Up Ventures, Verde, Luxor, Hans Tung, managing partner da GGV, entre outros. Com o aporte, o valor de mercado da edtech fundada há dois anos chega a R$ 1,3 bilhão (USD 252 milhões).
As áreas de Educação, Tecnologia, Produto e Dados da empresa serão os principais destinos dos recursos levantados. Já para o próximo ano, a Trybe pretende reproduzir a alta qualidade de seu curso em Desenvolvimento Web para outras formações: Dados, Mobile e Cibersegurança são alguns dos currículos à vista para pessoas interessadas em estudar na edtech. Com a previsão de terminar 2021 com cerca de 3 mil pessoas estudantes (hoje, são aproximadamente 2,2 mil), e chegando à sua 20ª turma, a edtech registra 94% de suas pessoas formadas trabalhando na área de tecnologia.
“A espinha dorsal da Trybe, desde a fundação, é a educação de alta qualidade, capaz de transformar vidas, voltada para aquilo que o mercado espera de profissionais em tecnologia. Estamos crescendo em um ritmo que preserva a qualidade acima de qualquer outra prioridade”, diz Matheus Goyas, cofundador e CEO da Trybe.
A metodologia de ensino da edtech é própria e exigente. São 6 horas por dia, considerando estudos e aulas online e ao vivo, que vão de segunda a sexta-feira, ao longo de 12 meses. Além disso, as pessoas dedicam, ao menos, 2 horas de estudo adicional diariamente. O processo seletivo para as novas turmas, abertas mensalmente pela startup, visa identificar quem está realmente obstinado a se dedicar aos estudos: mais de 190 mil pessoas já se inscreveram para o curso de programação da escola; a taxa de aprovação está ao redor de 2%.
A formação é desenhada com a ajuda de um programa de empresas parceiras, hoje formado por mais de 130 nomes, entre eles CI&T, Ford, Localiza, Méliuz, ThoughtWorks e XP. Gratuita, a iniciativa visa conectar organizações — de startups a multinacionais — que carecem de talentos na área de desenvolvimento web às pessoas estudantes da Trybe.
“Em dois anos, a Trybe montou um time excepcional e apaixonado e entregou os melhores resultados da categoria. Estamos aumentando o nosso investimento, pois acreditamos que a Trybe está transformando a forma como a educação é oferecida na região, diminuindo a distância entre estudantes e empregadores no setor de tecnologia”, afirma Eduardo Latache, general partner da Base Partners.
Ao longo deste ano, a Trybe registrou um crescimento próximo de 500% no número de pessoas estudantes ante 2020. As 135 pessoas que viraram o último réveillon como colaboradoras viram o time quase triplicar até outubro. “E aguardamos uma leva de cerca de 100 novos integrantes tão só dezembro chegue. Teremos 480 pessoas colaboradoras até este Natal”, diz Goyas.