Fazenda Futuro, do CEO Marcos Leta (foto), vai usar recursos para iniciar operações no mercado dos Estados Unidos. Mais da metade da demanda da startup vem do mercado externo.
A Fazenda Futuro, empresa que produz carne vegetal, acaba de receber um investimento de aproximadamente R$ 300 milhões em uma rodada série C que avaliou a startup em R$ 2,2 bilhões. Os recursos serão utilizados para expandir as ações para o mercado dos Estados Unidos, onde a empresa iniciou operação há cerca de um mês com o nome de “Future Farm”.
A rodada foi liderada por BTG Pactual e a gestora europeia Rage Capital, que foca em negócios semelhantes e já investiu, por exemplo, na startup Aleph Farms, que produz bife em laboratório. No ano passado, a Fazenda Futuro já tinha recebido um vultoso investimento, no valor de R$ 110 milhões.
Fundada em 2019 pelo empreendedor Marcos Leta, a empresa já é internacional. Desde 2020 atua em mercados como Itália, França, Alemanha, Holanda, Canadá e Inglaterra (onde tem parceria com a segunda maior rede varejista local, a Sainsbury’s). No mercado norte-americano, a empresa espera começar as vendas a partir de 2022 – agora vem trabalhando com parcerias de distribuição no varejo. Mais da metade da demanda da startup já vem do mercado externo.
O investimento também vai fortalecer a capacidade produtiva da Fazenda Futuro: a atual fábrica, no Rio de Janeiro, produz entre 600 e 700 toneladas/mês, mas a expectativa é ampliar a capacidade para até 1,3 toneladas/mês. Segundo Leta, com a atual produção é possível suportar o crescimento dos próximos dois anos, mas os resultados da operação nos Estados Unidos pode demandar novos investimentos.
Além da expansão territorial, a Fazenda Futuro quer desenvolver novos mercados além da carne vegetal (linguiça, hambúrguer, frango e outros), como produção de leites vegetais e derivados, comenta o CEO, que também fundou a sucos DoBem, atualmente controlada pela cervejaria Ambev.