Veja o que é mito e verdade neste universo: especialista distingue o que é fake news dentro do cenário das fraudes e explica que o investimento em prevenção sai mais barato para a reputação das marcas
Anualmente, estima-se que o Brasil perca cerca de US$ 22,5 bi com fraudes digitais, segundo o relatório do Internet Crime Complaints Center, divisão do FBI. Para as empresas em específico, o prejuízo ocasionado com as ações de fraudadores ainda podem abalar a confiança e a reputação da marca. Logo, a batalha contra fraudes é constante para as companhias, independente do seu tamanho.
No meio deste cenário, circulam diversos mitos a respeito das fraudes, alguns verdadeiros, outros falsos. No entanto, tal como circulam as fake news, até mesmo os boatos infundados podem acabar por influenciar as estratégias adotadas pelas organizações na hora de pensar em prevenção aos golpes.
Eduardo Daghum, CEO e fundador da Horus Group, empresa especializada no combate às fraudes, explora as principais ideias que já ouviu como especialista e desmistifica as que correm falsamente como verdadeiras. Veja a seguir:
Apenas empresas grandes sofrem ações de fraudadores – É mito
Contrariando a crença comum, o tamanho da empresa não é um fator determinante para a ocorrência de fraudes. Empresas de todos os portes estão vulneráveis, mas as pequenas e médias, muitas vezes, são alvos mais atrativos devido à negligência em medidas de segurança.
Estratégias de prevenção às fraudes saem caro – É mito
Investir em estratégias antifraudes não é exclusividade de grandes corporações. Existem soluções acessíveis e escaláveis para diferentes portes de empresas, tornando a prevenção eficaz e financeiramente acessível. No fim do dia a balança não mente; o investimento traz o retorno da segurança aos seus consumidores e à reputação da sua marca.
Fraudes ocorrem pela falta de segurança nos sistemas – É verdade
A ausência de medidas robustas de segurança aumenta significativamente o risco de fraudadores penetrarem em sistemas internos. Empresas que negligenciam a implementação de protocolos de segurança estão mais suscetíveis a ataques. Proteções como a SSL garantem uma comunicação segura com o servidor e a transferência de dados sem desvios.
Análise de risco ajuda a prevenir fraudes – É verdade
A análise de risco é uma ferramenta valiosa na prevenção de fraudes. Empresas que utilizam sistemas avançados de detecção conseguem identificar padrões suspeitos, agindo proativamente para evitar transações fraudulentas. Por exemplo, uma análise de risco pode identificar transações que são feitas em horários ou locais não usuais, ou que envolvem valores muito altos ou muito baixos. Essas transações podem ser sinalizadas para uma análise mais detalhada, a fim de verificar se são fraudulentas.
Educar consumidores sobre fraudes ajuda a reduzi-las – É verdade
Consumidores informados são uma linha de defesa adicional contra fraudes. Empresas que investem em programas educativos e avisos pop-ups em suas páginas conseguem conscientizar os clientes sobre práticas seguras, informar sobre tipos de fraudes já relatadas e formar, junto ao seu cliente, um escudo de proteção contra os golpes.
Usar o cartão de crédito ao realizar compras online é perigoso – É mito, mas também é verdade
Embora transações online sejam geralmente seguras, a segurança depende da confiabilidade do sistema utilizado. Empresas renomadas investem em criptografia e protocolos de segurança, minimizando os riscos. No entanto, a vulnerabilidade persiste quando se lida com plataformas menos seguras. Vale apontar que dados sensíveis jamais devem ser passados por e-mail ou mensagem, e que há também métodos de pagamento que oferecem uma camada extra de proteção, como o PayPal.
Sobre a Horus Group
Fundada em 2007, a Horus Group é especializada em serviços de prevenção a fraudes. A empresa atua em diversos segmentos, como e-commerces, companhias aéreas, delivery e produtos financeiros, atendendo grandes clientes, como iFood, Rappi e outros, inclusive com presença na América Latina.