A partir de maio, o BNDES via utilizar uma moeda virtual própria com o objetivo de pagar fornecedores em projetos apoiados pelo banco. Segundo o diretor Carlos Alexandre da Costa, a criptomoeda vai permitir o rastreamento de documentos através de um sistema eletrônico elaborado em parceria com o banco alemão KfW.
O consultor em inovação corporativa Marcio Kogut, que possui mais de 20 anos de experiência em tecnológica, acredita que esse é um caminho de sucesso. Para ele, o universo blockchain e das criptomoedas pode retomar a confiança dos brasileiros em instituições que considerarem inovar e investir na tecnologia, que é uma das mais seguras em termos de fraudes. “A confiança das pessoas em instituições está desmoronando. Uma maneira de ajudar a reverter isso é usando o blockchain – a tecnologia por trás do Bitcoin”, explica.
Para Kogut, que além de consultor em inovação corporativa é investidor-anjo, o blockchain estará em alta durante 2018. “O blockchain é inspirador e está alimentando uma nova geração de serviços digitais. Essas vantagens inerentes são a crescente popularidade do blockchain e explicam por que é provável que ele apareça como uma tecnologia dominante em 2018”.
Um blockchain é um banco de dados descentralizado e seguro que pode registrar transações entre partes de forma eficiente, verificável e permanente. A informação reside em milhões de computadores compartilhados e reconciliados. “O fato de não ser controlado por nenhuma autoridade e não ter intermediários manipulando os dados está protegido de falhas tornando a tecnologia mais robusta, transparente e incorruptível”, conta Kogut.
De acordo com o BNDES, a tecnologia será usada primeiramente em projetos que apoiam o Fundo da Amazônia, geridos pelo banco.