Brasil terá rede para apoiar startups

Os principais agentes de apoio às startups vão se reunir durante a Campus Party para definirem o modelo de desenvolvimento desses negócios inovadores no país. A convite do Sebrae, representantes de organizações como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Anjos do Brasil e a Associação Brasileira de Startups (ABStartups) e outras 14 entidades vão aproveitar o ambiente da oitava edição brasileira do maior evento de tecnologia e cultura digital do mundo para discutir a construção de uma rede de atendimento para empreendedores digitais brasileiros.

Juntas, as entidades vão debater o papel e a responsabilidade de cada uma no desenvolvimento de ações para potencializar oportunidades para as startups. A ideia é que, no final da reunião, tenha se avançado na construção do documento Startup Beta Brasil, que esclarece as atribuições de cada instituição junto ao segmento. O encontro acontece na tarde desta quinta-feira (5), às 14h.

A construção dessa rede é fundamental para amadurecer os empreendimentos e definir o sucesso das startups no país. Os principais atores necessários ao desenvolvimento do ecossistema brasileiro são os empreendedores, as instituições de fomento e de apoio, as aceleradoras e os investidores e é importante que todos eles trabalhem lado a lado. “Para uma startup ter sucesso, é preciso mais do que uma boa ideia. Existem muitas formas de colocá-la em prática e cada instituição tem um papel complementar para possibilitar isso.  Os empreendedores precisam saber quem procurar a cada estágio em que astartup se encontra”, afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

Estão confirmadas para a reunião além da Anjos do Brasil, da Associação Brasileira de Startups e da Apex-Brasil, e do Sebrae, representantes do evento Demo Brasil, da IBM, da Softex, da Endeavor, da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (ABVCAP), da organização sem fins lucrativos Up Brasil, do programa do governo federal Start-Up Brasil, da Rede Mulher Empreendedora, do projeto Bizspark da Microsoft, da Associação de Equity Crowdfunding, da Associação Brasileira de Empresas Aceleradoras de Inovação e Investimento (ABRAII), da entidade Brazil Innovators, do programa de aceleração NAVE da faculdade Estácio e do site startupi.com.br, portal de notícias sobre o mercado de inovação, negócios, empreendedorismo e tecnologia.

A Anjos do Brasil, por exemplo, é uma organização que fomenta o crescimento do investimento anjo, uma das maneiras de financiar startups. Esses investidores são pessoas físicas que investem dinheiro para o início da operação, ou seja, para que a startup consiga colocar o produto no mercado e comece a mostrar algum resultado. O capital de investidores anjo é uma das formas de patrocinar as atividades de uma startup, o que também pode ser feito por meio de capital de risco e de capital próprio.

A Associação Brasileira de Startups é a principal instituição que reúne empreendedores – tanto quem está começando quanto aqueles que já estão empreendendo – para lutar por melhores condições, criar eventos e disseminar pesquisas e conhecimento. A Apex-Brasil oferece soluções para startups, seja na sua promoção comercial no exterior, na atração de investimentos estrangeiros ou na internacionalização.

Incentivo à competitividade

Prova da importância da construção de uma rede de atendimento às startups é um levantamento realizado pelo Sebrae em que a maior parte dos empreendedores digitais identifica a instituição como um serviço que deveria dar aporte financeiro aos projetos, quando esse não é papel do Sebrea, que trabalha para possibilitar a competitividade e a sustentabilidade dos empreendimentos de micro e pequeno porte por meio de capacitação dos donos do negócio.

“Para isso, oferecemos um extenso cardápio de cursos, oficinas e consultorias, muitos deles gratuitos. O empreendedor digital, por exemplo, pode realizar o Empretec, uma metodologia da Organização das Nações Unidas realizada, no Brasil, exclusivamente pelo Sebrae”, explica o presidente da instituição, Luiz Barretto. “O Empretec é voltado para o público de Curiosidade e Ideação, ou seja, pessoas que se interessam pela atividade empresarial, mas ainda não possuem negócio, além de candidatos a empresários que têm uma visão de oportunidade de negócio para explorar. O Empretec é voltado para o desenvolvimento de características de comportamento empreendedor e para a identificação de novas oportunidades de negócios”, ressalta.

A reunião entre as instituições de apoio às startups acontece no espaço fechado do Sebrae na Campus Party, chamado de Domus Sebrae, onde também ocorrerão ações promocionais para os campuseiros. A sala sediará ainda uma reunião técnica entre os gestores dos 24 programas de startups nas unidades estaduais do Sebrae.

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