Os irmãos Leandro e Thiago Ramos sempre foram aficionados por internet. E há cerca de 10 anos, Leandro com 17 anos e Thiago com 21, acompanharam de perto o início do e-commerce no Brasil. Eles já tinham experiência no varejo físico porque seus pais eram donos de loja de informática na cidade de Limeira (SP). E, assim, unindo alto interesse pelo segmento com empreendedorismo, os irmãos resolveram montar uma pequena e simples estrutura dentro da casa dos pais para iniciar o KaBuM! – empresa especializada em comércio eletrônico. “Toda a parte de sistemas e do site foi desenvolvida por nós mesmos. Nosso investimento inicial foi algo em torno de R$ 200,00, que era o custo aproximado de um registro de domínio naquela época”, relembram. O grande atrativo, segundo eles, era ter a possibilidade de ser um dos pioneiros em um setor que ainda estava em desenvolvimento no Brasil. Além disso, eles contam que a possibilidade de atender clientes em todo o País foi um fator que os fez se empolgar para colocar o negócio para frente.
Para os irmãos Ramos, uma das grandes dificuldades em gerar vendas era provar a idoneidade da loja virtual e conquistar a confiança do mercado em um cenário em que o e-commerce no Brasil ainda engatinhava e havia uma gigantesca concentração das vendas em duas ou três grandes lojas. “Na época, havia poucas ferramentas para o consumidor pesquisar sobre a loja e isso gerava insegurança ao cliente, mesmo você oferecendo um serviço de qualidade com preço atrativo”, relata Leandro. Para reverter esse ponto negativo, a estratégia deles foi inverter o risco, oferecendo aos clientes a opção de “Cash on Delivery”, conhecido como Sedex a Cobrar, ou seja, o pagamento era efetuado na entrega. Dessa forma, os irmãos assumiram o risco para o cliente ter confiança na empresa. “Essa foi uma estratégia fundamental para o fortalecimento da marca e crescimento do KaBuM!”, diz Leandro.
Na visão de Leandro e Thiago, ser transparente com os clientes e focar na qualidade do serviço também foram fatores fundamentais para o crescimento. “No caso de um e-commerce, você pode até ter um ticket médio alto com vários clientes acessando sua loja e gerando tráfego. Porém, se ele fizer um pedido e o serviço não for satisfatório, ele não voltará”, afirma Leandro. Eles constataram que o consumidor conquistou um poder nunca antes alcançado com a internet. “A satisfação do cliente é algo muito valioso para a loja. Positiva ou negativa, ele irá compartilhar sua experiência com a empresa e isso trará resultados tanto positivos como negativos, dependendo do serviço prestado. O boca a boca virtual é sem dúvida o mais eficaz de todos”, destacam. Os irmãos Ramos planejam agora quadruplicar o tamanho atual da companhia, concretizando o maior projeto de expansão realizado por eles até hoje. “Há muito trabalho a ser feito”, concluem.
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