Laboratório oferece solução inovadora para doenças raras

Primeiro laboratório no mundo exclusivamente dedicado a análises genéticas, com foco em perspectivas terapêuticas personalizadas para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e outros transtornos neurológicos de origem genética, Tismoo surge como uma solução inovadora para o mercado de doenças raras.

Por meio de uma medicina personalizada, a startup pretende atuar como solução para minimizar o impacto econômico do TEA , número que, só nos Estados Unidos, já atingiu em 2015 o valor de US$ 268 bilhões. Estes são dados do estudo publicado no Journal of Autism and Developmental Disorders, que analisou o impacto econômico do tratamento e cuidado de indivíduos com autismo.

O estudo, primeiro no mundo a avaliar com grande profundidade o custo desta condição, revela também que as despesas vão muito além dos medicamentos, abrangendo a educação especial, os serviços médicos e não-médicos, os cuidados residenciais e, inclusive, a perda de produtividade dos pais e dos indivíduos com autismo.

Para Alysson Muotri, considerado atualmente um dos maiores especialistas em autismo no mundo e um dos cientistas fundadores da Tismoo, após o desenvolvimento do Valium, nos anos 70, e do Prozac, nos anos 90, a indústria praticamente parou de investir no desenvolvimento de novas drogas para transtornos desse tipo.

Segundo o cientista, esses são dados extremamente preocupantes, ainda mais se considerarmos que a estimativa é que uma em cada quatro pessoas no mundo desenvolverá algum tipo de transtorno neurológico durante a vida. “A Tismoo, por meio do que chamamos de medicina personalizada, vem dar uma chacoalhada nisso tudo. Com base na individualidade genética do indivíduo, nossa equipe busca pistas para um potencial tratamento mais adequado, escapando dos tratamentos tradicionais, que não necessariamente são eficazes para todos”, diz.

A ideia da startup brasileira é recriar em laboratório as etapas do desenvolvimento neural a partir de células do próprio paciente – são os minicérebros, capazes de capturar o material genético de cada indivíduo. A partir daí, usando tecnologias extremamente modernas para edição do genoma humano, o que a Tismo fará é investigar como uma mutação do indivíduo causa um quadro clínico específico e, assim, buscar novas formas de reverter o processo. “A grande vantagem desse tipo de processo é que começamos a abrir uma possibilidade viável para o teste de fármacos sem que se tenha que usar o próprio paciente como cobaia: usando esses minicérebros é possível variar os tipos e as quantidades de medicamentos e, assim, encontrar um tipo de tratamento mais adequado para cada indivíduo”, complementa Muotri. www.tismoo.com.br

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