Bastou a descoberta de que o bebê que virá é uma menina para uma enxurrada de produtos cor-de-rosa invadir a vida dos pais. Se for menino, azul e verde competem e se destacam em peças que vão desde o vestuário até o enxoval. Se antes era assim, agora, com debates sobre identidade de gênero cada vez mais acalorados, as marcas brasileiras também estão se reinventando.
Se o conceito de cores para meninos e tons para meninas já não faz mais a cabeça de boa parte dos pais, a Tutti Baby, especializada em carrinhos de bebê cadeirinhas para automóvel, busca seguir essa nova corrente. As estampas das peças, com laços e babados e figuras de carrinhos e bolas ganham agora novas opções: tons neutros e aplicações diferenciadas.
No último semestre, a empresa catarinense apostou em uma novidade exclusiva: o carrinho de passeio Thor e o bebê conforto Nino ganharam uma versão jeans. O chambray utilizado para dar mais conforto às peças, conta ainda com aplicações que imitam couro. O objetivo, segundo a coordenadora de desenvolvimento, Amanda Teixeira, é modernizar o enxoval dos pequenos. “A Tutti Baby é uma marca que tem 12 anos de trajetória. Quando começamos, era bastante comum a procura pelos tons tradicionais. Hoje, no entanto, percebemos que mesmo no enxoval há um destaque para peças neutras, que fogem do rótulo feminino ou masculino”, destaca.
Novas apostas chegam ao mix
Com quase dois 2 mil pontos de venda em todo o país, a companhia lançou no primeiro semestre a coleção cápsula Reino Encantado, em que mesclou estampas clássicas com novidades que seguem a linha de produtos sem gênero. Cores como cinza, azul turquesa, preto e marrom são algumas das apostas. O xadrez, que se tornou um clássico na Tutti Baby, também segue como opção. “Para o segundo semestre estamos preparando o lançamento de um novo carrinho e, com ele, outras opções de estampas exclusivas. Estamos apostando também em cores e formas neutras. Acreditamos que há uma evolução nesse sentido. Hoje é possível adquirir tanto itens clássicos quanto peças modernas e que fogem do padrão de gênero”, conclui Amanda