Ascenção da inteligência artificial generativa e a nuvem híbrida permeiam novos caminhos para o segmento
O ano de 2024 promete ser um ano de ampla inovação tecnológica no setor de dados. Até lá, segundo o Gartner, 60% dos investimentos governamentais em IA e análise de dados impactarão diretamente as decisões e resultados operacionais em tempo real. Em vista disso, Rubia Coimbra, Vice-Presidente da Cloudera para América Latina, destaca as cinco principais tendências que permearão o mercado com a ascensão da inteligência artificial generativa e a nuvem híbrida.
Os dados são a moeda mais valiosa da era digital. Em um mundo cada vez mais conectado com soluções de inteligência artificial, a Cloudera acredita que “a sua inteligência será tão inteligente quanto são os seus dados”. De acordo com Rubia, isso ressalta a necessidade de estabelecer bases sólidas e confiáveis para a IA, afinal, a inovação não se limita apenas aos produtos finais – é preciso incluir a parte estruturante, os alicerces, como, por exemplo, a engenharia dos dados, responsável pela curadoria das informações antes de disponibilizá-las para serem consumidas por aplicações. É aí que nasce a IA generativa.
“O mercado está em constante evolução, e as empresas precisam estar atentas às novas tecnologias para se manterem competitivas, sem perder de vista que tudo começa pelo dado. Enquanto a inteligência artificial tem sido um tópico em alta nos últimos anos, pouco se discute a hierarquia de necessidades de organizações data driven, que passa por várias fases antes de chegar em IA”, comenta Rubia.
Nuvem híbrida e multicloud
O futuro é híbrido, especialmente no que diz respeito aos dados. A adoção de nuvem híbrida e multicloud demonstra um entendimento da complexidade atual das necessidades de infraestrutura de TI. Isso permite que as empresas tenham flexibilidade para equilibrar custos, desempenho e segurança, escolhendo a infraestrutura mais adequada para cada aplicação. As tendências apontam que essa infraestrutura, na vasta maioria dos casos, combinará várias nuvens, além do ambiente on-premise.
“Essa é uma abordagem que podemos considerar inteligente, pois reconhece que diferentes cargas de trabalho podem exigir diferentes ambientes de computação. Isso também ajuda a minimizar o risco de dependência de um único provedor de nuvem”, explica a executiva.
Governança de dados
A governança de dados desempenha um papel fundamental na modelagem de novas tecnologias. Envolve a definição de políticas, procedimentos e responsabilidades para garantir a qualidade, integridade e segurança dos dados. Isso é crucial, especialmente em um cenário onde os dados crescem exponencialmente e se movimentam em tempo real entre vários ambientes.
Para isso, a governança estabelece regras para a coleta, armazenamento, acesso e compartilhamento de dados, garantindo conformidade com quaisquer regulamentações em vigor. Além disso, ela estabelece bases sólidas para garantir que as ferramentas utilizadas gerem valor real na tomada de decisões.
Influência do consumidor
Os consumidores modernos não apenas compram produtos, mas também buscam experiências personalizadas, conveniência e valores alinhados com os seus. “Isso inclui design, velocidade e sofisticação. Para alcançar o sucesso nos negócios, é preciso compreender o que de fato os consumidores buscam”, aponta Rubia.
A análise de dados possui um grande papel nesse ponto de vista, pois permite que as empresas capturem informações sobre o comportamento do consumidor para responder com ofertas sob medida. “Como exemplo, podemos mencionar o uso de análise de sentimentos em mídias sociais, análise de jornada do cliente e personalização em tempo real”, complementa a executiva.
Colaboração geradora de valor
Segundo Rubia, a colaboração é uma força motriz fundamental para o sucesso. “Quando ouvimos atentamente as necessidades das pessoas e as transformamos em produtos ou serviços escaláveis, podemos criar soluções que realmente atendam às demandas do mercado”, destaca a executiva.
A comunidade Open Source é um dos exemplos notáveis pela Cloudera de colaboração bem-sucedida, seja no desenvolvimento de software ou de hardware. “A velocidade de inovação do Open Source é algo vibrante que devemos nutrir e celebrar”, complementa Rubia.
Capacitação em ética em IA
A capacitação dos recursos humanos é essencial para promover a ética na inteligência artificial. A cultura de aprendizado contínuo e a criação de programas de capacitação são necessárias para acompanhar a rápida evolução tecnológica. Isso ajuda a garantir que a IA seja desenvolvida e utilizada de maneira adequada, considerando aspectos como viés algorítmico, privacidade e transparência. A ética não é apenas uma responsabilidade, mas também uma vantagem competitiva que ganha a confiança dos clientes.
“Em um mundo cada vez mais orientado por dados, o sucesso das empresas dependerá da sua capacidade de adotar essas tendências de maneira estratégica e eficaz. A Cloudera está comprometida em auxiliar as empresas na jornada de transformação, fornecendo a primeira plataforma de dados híbrida do mundo, agnóstica e baseada em tecnologias Open Source, para garantir flexibilidade e liberdade aos clientes.”