Novidades no Pix: especialista explica como as mudanças impactarão o B2B

Pix por Aproximação e Pix Automático prometem revolucionar os pagamentos no Brasil, trazendo mais agilidade, segurança e eficiência tanto para empresas quanto para consumidores

O Pix, um dos meios de pagamento mais utilizados no Brasil, passará por atualizações importantes nos próximos meses, impactando diretamente os mais de 76,4% dos brasileiros que utilizam a ferramenta. Entre as novidades, estão o Pix por Aproximação, que permitirá transferências rápidas em ambientes físicos, e o Pix Automático, voltado para cobranças recorrentes.

De acordo com o Banco Central, o Pix por Aproximação está disponível, por enquanto, apenas no Google Pay, permitindo que os usuários do Android realizem pagamentos aproximando o celular da maquininha, sem a necessidade de abrir o aplicativo bancário. Já o Pix Automático, com lançamento previsto para junho de 2025, permitirá que os usuários autorizem cobranças recorrentes sem a necessidade de autenticação manual a cada transação, facilitando pagamentos de contas e assinaturas.

Para Fernando Nunes, CEO da Transfeera, fintech que fornece soluções de pagamentos para empresas, as novas funcionalidades representam avanços significativos tanto para consumidores quanto para o setor corporativo. “Para o usuário final, as novidades oferecem mais praticidade no dia a dia. Já para as empresas, ampliam as possibilidades de serviço, aumentando a geração de receita. O Pix já é uma competição agressiva para outras formas de pagamento, então é importante que as empresas agreguem essas novidades com ainda mais valor e diferenciais para os clientes”, explica o empreendedor.

As mudanças no Pix têm o potencial de impactar positivamente o fluxo de caixa e a operação financeira das empresas, tornando as transações mais rápidas, seguras e eficientes. O Pix por Aproximação facilita os pagamentos em estabelecimentos físicos, como supermercados, lojas e postos de gasolina, enquanto o Pix Automático tem um valor grande para ocupar o espaço de cartões nas compras recorrentes,  permitindo cobranças recorrentes sem a necessidade de autenticação. Essa facilidade beneficia empresas que trabalham com pagamentos recorrentes, como operadoras de planos de saúde, concessionárias de serviços públicos e serviços de assinatura. Com isso, essas organizações poderão reduzir o tempo entre a emissão da cobrança e o recebimento do valor, garantindo um fluxo de caixa mais equilibrado.

Além disso, a integração do Pix com sistemas financeiros e a capacidade de realizar transações em tempo real facilitam a conciliação de pagamentos e a automação de processos financeiros, reduzindo erros e tornando a gestão mais eficiente.

O Pix já é uma opção mais vantajosa financeiramente. O grande desafio sempre foi a experiência de uso. Aproximar um cartão ou um celular de uma maquininha ainda é mais simples do que abrir um app e autenticar um pagamento. Com a chegada do Pix por Aproximação, essa barreira diminui, o que pode reduzir a dependência de métodos mais caros”, analisa Nunes.

Outro ponto que pode incentivar a adoção do Pix pelas empresas é a segurança aprimorada. O uso de QR Codes dinâmicos e práticas mais eficientes de prevenção a fraudes trazem mais proteção às transações, reduzindo riscos e custos operacionais em comparação a outros sistemas de pagamento. Com a implementação dessas mudanças, as empresas podem precisar se adaptar a novas exigências regulatórias. Além disso, o aumento da concorrência no setor de pagamentos pode exigir maiores investimentos em inovação e diferenciação, impulsionando a criação de novos produtos e soluções financeiras.

“Diante desse cenário, é fundamental que as empresas se mantenham atualizadas e preparadas para as transformações tecnológicas e regulatórias. Por exemplo, as instituições financeiras que não solicitaram ao Banco Central a dispensa do Pix Automático devem estar atentas aos prazos, pois é preciso que o produto esteja disponível para o consumidor final em junho de 2025. Então, é preciso estar atento para não perder os prazos e poder realizar o desenvolvimento do produto com eficiência e dentro das normas”, finaliza o CEO da Transfeera.

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