Foto: Leonardo Coelho, cofundador e diretor de desenvolvimento mobile na Involves
O promotor de venda é considerado um funcionário externo, ou seja, exerce atividades que não se adequam a horários fixos de trabalho. Porém, não controlar a jornada desse colaborador pode trazer problemas tanto para a empresa quanto ao próprio trabalhador. Não há como saber, por exemplo, se o promotor está com o tempo ocioso, nem se é necessário contratar mais alguém para ajudá-lo em suas funções.
Atualmente, há métodos para controlar a jornada dos trabalhadores externos. Soluções tecnológicas permitem bater o ponto de qualquer lugar, utilizando o smartphone, e com segurança jurídica – inexistente se a empresa fizer este controle de maneira informal. “O Ministério do Trabalho e Emprego permite, por meio de portaria (373/2011), que sejam adotados sistemas alternativos de controle de jornada, desde que autorizados por convenção ou acordo de trabalho”, explica o advogado Thiago Schütz.
Uma solução desenvolvida no Brasil facilita o controle das horas trabalhadas por parte do promotor e do empregador, de forma legal e direcionada para empresas varejistas e indústrias que atuam com trade marketing. “No Agile Promoter, nosso sistema para gestão de trade marketing, quando a empresa opta por adicionar a funcionalidade ponto eletrônico, o promotor precisa primeiro bater o ponto para depois conseguir iniciar o trabalho. Essa função funciona offline, porque sabemos que a conexão de internet é um problema em muitos lugares do Brasil”, diz Leonardo Coelho, cofundador e diretor de desenvolvimento mobile na Involves. Ele ainda destaca que todas as informações geradas pela ferramenta podem ser exportadas no formato padrão de mercado (AFD), compatível com a maioria dos softwares de gestão de pessoas.
Para o promotor de venda, ter sua jornada controlada pode resultar na prevenção de cargas de trabalho muito pesadas e suas consequências, uma vez que ele trabalhará apenas as horas acordadas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, o excesso de trabalho pode causar transtornos mentais, dores em geral, doenças de pele e problemas respiratórios.
Já o empregador saberá quando for necessário contratar mais funcionários para determinada região. “A empresa precisa saber quando o promotor está sobrecarregado, prejudicando a qualidade de vida dele e, consequentemente, a qualidade do trabalho”, afirma Thiago Schüz. Além disso, utilizar uma ferramenta para esse controle permite trabalhar com a sazonalidade — com um banco de horas aprovado a empresa consegue organizar a demanda de trabalho, evitando o pagamento de horas extras e compensando os períodos em que o promotor precisará trabalhar mais, como Páscoa e Natal, em outros momentos de baixa temporada.
Para garantir o desempenho desejado das equipes externas é preciso estabelecer controles eficientes. O ponto eletrônico no celular do colaborador torna mais fácil a gestão de horas extras e banco de hora. Outro fator importante é a comunicação constante. Isso evita inconsistência na marcação rotineira do ponto e ainda contribui com o dimensionamento da carga horária no ponto de venda.