Procura por escritórios virtuais, que permitem trabalhar e fazer reuniões em locais flexíveis, cresce 18%

Forma de trabalhar e fazer reuniões em locais flexíveis cresce 18% em um ano

A procura por escritórios virtuais aumentou 18% em um ano, afirmas especialistas. O país tem hoje 600 companhias que oferecem este tipo de serviço, segundo Paulo Karnas, presidente da ANCNev (Associação Nacional dos Centros de Negócios e Escritórios Virtuais). O investimento mensal feito pelos clientes fica entre R$ 200 e R$ 500.

As regiões com maior crescimento são a Norte e a Nordeste, com ampliação de 25% no número de escritórios alugados, de acordo com Karnas. A maior demanda vem de pequenas empresas e de companhias estrangeiras que ao iniciarem suas operações no Brasil utilizam os serviços do escritório virtual, que inclui endereço comercial para uso em cartões de visita e materiais de marketing, número de telefone fixo, recepcionista para atender chamadas e receber correspondências, salas de reuniões, entre outros.

A Regus, empresa que atende 900 mil clientes por dia em 90 países, atribui esse crescimento à expansão das pequenas empresas e ao maior número de profissionais que trabalham em home office – tendência cada vez mais presente em todo o mundo. No Brasil, o aumento do empreendedorismo é outro fator que tem contribuído para maior procura deste negócio. Clientes como o Google, a GlaxoSmithKline, a Nokia e milhares de pequenas e médias empresas em crescimento se beneficiam da terceirização de suas necessidades de escritório e lugar de trabalho, permitindo que se concentrem em seus negócios principais.

Alguns profissionais usam o escritório virtual como um arranjo permanente, já outros adotam o serviço como um ponto de apoio, antes de expandir para um escritório físico – muitas vezes o mesmo endereço profissional utilizado como escritório virtual. “Mesmo com a economia em alta, as pequenas e médias empresas estão bastante conscientes da necessidade de manter o controle de custos. O escritório virtual proporciona aos profissionais liberais, startups e aos novos empreendedores os benefícios do home office, com a vantagem de manter um endereço comercial em área nobre, com recepcionista para atendimento telefônico profissional, e sem as despesas e o tempo gasto no gerenciamento de um escritório físico”, comenta o diretor geral da Regus no Brasil, Guilherme Ribeiro.

Muitas empresas globais utilizam o escritório virtual quando iniciam atividades em outras nações. É o caso da CN WorldWide – subsidiária da CN, a maior ferrovia do Canadá, que adota o sistema desde 2007. A empresa é especializada em soluções de logística para o transporte e está presente na China, Canadá e Estados Unidos. “No início das nossas transações comerciais no Brasil optamos pela locação de um escritório na Avenida Paulista, em São Paulo, para operações de vendas e marketing, em função da localização estratégica e da facilidade dos meios de transporte nessa região”, conta o diretor de Marketing da CN WorldWide, John William Fanelli Kirkup.

Em 2010, a CN WorldWide mudou-se para o interior de São Paulo, mas manteve o endereço da Av. Paulista, por meio do escritório virtual. Agora os executivos da companhia utilizam o local para reuniões de negócios sempre que necessário, e ainda contam com recepcionista para atender as ligações da empresa. “A opção representa uma grande vantagem financeira frente aos custos gerados pela manutenção de um escritório localizado numa região super valorizada de São Paulo como a Avenida Paulista”, acrescenta Kirkup.

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