A Startup PitchFights leva para as salas de aulas e para o mundo corporativo uma maneira de estimular jovens a terem uma atitude empreendedora desvinculada da necessidade de abrir um negócio, gerando assim o intraempreendedorismo.
Acostumado a circular em áreas de inovação das empresas, nos meios de startups e universidades, Anderson Penha, um dos idealizadores do PitchFights, se deu conta de que startups não – necessariamente – precisam ser empreendimentos de negócios isolados. ” Acredito que essa nova geração está enxergando o empreendedorismo como a minha geração enxergava as bandas de garagem: como uma forma de reunir os amigos e fazer uma coisa legal juntos”. E completa: ” As empresas estão sentindo isso na pele, porque a maioria não está atenta ao movimento, e não sabe estimular atitudes empreendedoras de seus jovens talentos, e por isso os acabam perdendo para o empreendedorismo voltado a startups” afirma Anderson. Mas há uma solução à vista, e cada vez mais empresas têm investido numa característica que elas consideram essencial para se destacar no mercado competitivo de atração de talentos: o intraempreendedorismo.
Num ambiente onde o intraempreendedorismo é adotado, o profissional é estimulado a sentir e agir como se a empresa fosse seu próprio negócio, podendo criar novos projetos e orienta-los, dando liberdade de criação e de surgirem novos talentos.
O PitchFights traz um conceito que estimula e ativa esse tipo de atitude empreendedora independente do ambiente que o indivíduo esteja inserido. A primeira experiência do ainda projeto PitchFights foi na 3ª edição da Virada Empreendedora de São Paulo em 2013, e o sucesso foi tão grande que causou tumulto no evento a ponto de terem que criar mais salas para o circuito acontecer. “Naquele evento tivemos a visão de quanto as pessoas são carentes de espaços para praticar seu empreendedorismo” afirma.
A partir dali os sócios Anderson Penha e Fábio Munhoz transformaram o PitchFights num negócio e fizeram mais. Em parceria com alguns professores conseguiram inserir o tema no currículo de numa das principais faculdades de engenharia do ABC. “Tivemos uma experiência de mudar toda uma dinâmica de educação e avaliação na FEI (Faculdade de Engenharia), o que revelou o quanto os jovens e professores estão abertos a novos modelos, só faltava mesmo a oportunidade de inserir algo no currículo, o que acabou sendo feito com sucesso por todos envolvidos” afirma Fábio Munhoz.
O social game da PitchFights é uma plataforma que mescla ações onlines e offlines, na qual pessoas podem lançar suas ideias, provar os conceitos com o público e captar recursos para seus projetos. Os “pitches” ficam disponíveis em vídeos para votação, concorrendo por recursos em formato de “versus”, onde cada voto recebido equivale a retirar recursos de outra ideia adversária. O recurso pode ser adaptado às regras de investimento das empresas contratantes e vem sendo utilizada pelos departamentos de RH, Marketing e Inovação de grandes empresas como ferramenta de priorização de projetos inovadores, motivação, endomarketing e conexão com a cultura jovem.