Startup cria software que gerencia vendas de lojistas em shoppings virtuais

Aos 21 anos, os jovens Frederico Flores e Fernando Montera Filho tornaram-se um dos maiores vendedores do Mercado Livre. Com a chegada de muitos concorrentes, desistiram do negócio e se reinventaram. Em 2012, criaram uma empresa para ajudar a resolver os problemas que tinham quando eram vendedores. Assim, surgiu a Ecommet, uma startup que facilita a gestão e aumenta a conversão de vendas em shoppings virtuais, marketplaces, como o Mercado Livre, cobrando centavos por venda.

Há quatro anos no mercado, a startup já conta com mais de 1.600 clientes, que transacionam juntos cerca de R$ 2 bilhões por ano. Em plena recessão no Brasil, a empresa dos jovens com menos de 30 anos dobra a cada ano e vai fechar 2016 com R$ 20 milhões de faturamento. O crescimento acelerado se deu, principalmente, pela invenção de um sistema que torna simples algo complicado: vender, anunciar e gerenciar produtos em vários canais na internet.

Chamado de Becommerce, o software integra vendas, marketing e logística, aumentando a produtividade dos lojistas e automatizando processos. Segundo levantamento feito este ano, em média, clientes que utilizam a ferramenta dobram o faturamento em seis meses.

O sistema possui 14 módulos, que são acessíveis para qualquer porte de empresa: o mais caro custa R$ 0,59 centavos por transação, independentemente do valor do produto. Entre as soluções mais procuradas estão o módulo que gerencia os pedidos – automatizando todo o relacionamento do cliente com a loja; o robô lojista – uma máquina que tira todas as dúvidas 24 horas por dia – e o módulo que monitora o preço da concorrência, abaixando automaticamente o valor caso o concorrente faça uma oferta.

“Muitos clientes começaram lá atrás conosco, pessoas que começaram do zero, ex-cobradores, ex-motoboys, que hoje faturam R$ 40 milhões por ano com a ajuda de uma plataforma de gestão inovadora”, explica Frederico Flores, CEO da Ecommet.

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