Legaltech Leme Inteligência Forense, do CEO Valdo Silva (foto), amplia equipe, estrutura física e aplica 41% do lucro no desenvolvimento de novas tecnologias.
A busca de ativos patrimoniais é o ramo no qual a legaltech paranaense Leme Inteligência Forense tem investido nos últimos anos – e a responsável por uma expansão de 22,7% no faturamento nos primeiros seis meses do ano. No período, a startup teve receitas de R$ 5,4 milhões – ante os R$ 4,4 milhões registrados nos mesmos meses de 2020.
O número de clientes aumentou 10% neste semestre (são 221) e a sede na cidade de Pinhais, região metropolitana de Curitiba, foi ampliada em 50%. A equipe, de 68 colaboradores em 2020, conta agora com 76 integrantes (aumento de 10,3%) e continuará crescendo até o fim do segundo semestre – há vagas para áreas de desenvolvimento de sistemas, comercial e RH.
Os resultados estão sendo revertidos no aperfeiçoamento do negócio. Em 2021, a empresa aplicou 41% do lucro no desenvolvimento de novas tecnologias e produtos, um acréscimo de quase um quarto (24,2%) em relação ao investido no ano passado. O investimento em marketing saltou 61,3%.
São ações, segundo o CEO da Leme Inteligência Forense, Valdo Silveira, para fortalecer a empresa como referência nacional na identificação de ativos para recuperação de crédito – a partir de soluções em tecnologia da informação. Desde que passou a atuar também no ramo de investigação patrimonial, em 2018, a Leme ampliou em 400% o volume de projetos executados.
A combinação de tecnologia com a inteligência humana no trabalho de investigação patrimonial para a recuperação de crédito permitiu a conquista de resultados expressivos. Entre 2018 e o primeiro semestre de 2021, as soluções e o trabalho da equipe de analistas da Leme localizaram R$ 8,1 bilhões em patrimônios apurados, derivados de projetos de investigação, envolvendo R$ 1 bilhão de dívidas a serem recuperadas.
São valores pleiteados por empresas dos mais variados portes, sublinha o CEO: pessoas jurídicas como bancos, escritórios de advocacia, recuperadores de crédito, empresas de gestão de ativos, fundos de investimentos, administradoras de bens, administradoras de consórcios, além de empresas de headhunter e grandes corporações. “Com o aperfeiçoamento de instrumentos judiciais, como a evolução do Bacenjud para o Sisbajud [sistemas que interligam dados do Banco Central aos do Poder Judiciário], a tendência é que a cobrança judicial se torne cada vez mais efetiva”, comenta Silveira.