Refera, fundada em 2020, tem clientes em oito estados do país e recebeu recursos de grandes empresas do setor. Próximo passo é desenvolver um banco digital para este mercado.
A Refera, startup que automatiza a gestão de reformas e manutenções para imobiliárias e que tem sede em Florianópolis (SC), mal completou um ano de mercado e já captou um total de R$ 4,8 milhões com alguns das principais empresas deste setor. O mais recente aporte, no valor de R$ 1,8 milhão, veio das empresas Apsa (Rio), Lello Condomínios (SP) e SJ Imóveis (Fortaleza). Os grupos imobiliários Brognoli e Ibagy, além do Sienge/Softplan já tinham feito um aporte inicial de R$ 1,5 milhão na startup. Outro R$ 1,5 milhão veio da Refera Pay, braço fintech da startup que deve ser fortalecido como nova estratégia de negócios.
A empresa nasceu para ajudar as imobiliárias a gerenciar a relação com prestadores de serviço nas áreas de reformas e manutenção, qualificando e agilizando o atendimento de chamados. Segundo a Refera, este serviço reduz em 73% o esforço da imobiliária nestas demandas.
“Criamos uma empresa de tecnologia que entende as imobiliárias de locação e que oferece soluções que trazem tranquilidade e eficiência para os times de operação. A aliança estratégica com players do mercado acelera a ampliação das operações pelo país”, explica Lucas Madalosso, CEO da Refera.
A plataforma já está presente em imobiliárias de 18 cidades e oito estados. Ao todo, são 41 clientes que representam 112 mil contratos de locação ativos. A base de prestadores conta com mais de 2 mil prestadores de serviço e cresceu mais de 100% desde o começo do ano.
“A Refera atua num ponto da cadeia construtiva que se mostra complexo quando pensamos no volume de processos gerenciados simultaneamente pelas imobiliárias. No dia a dia, o que se vê é que cada pedreiro, instalador e proprietário tem uma maneira que considera a melhor para tocar a reforma. A solução ajuda esses públicos a atuar com regras claras estabelecidas pela aplicação, o que dá celeridade e segurança aos clientes”, comenta Fabrício Schveitzer, diretor de Operações do Sienge, umas das sócias da startup.
O novo investimento será utilizado para acelerar as contratações, o desenvolvimento de tecnologia, a geração de valor para imobiliárias e prestadores de serviço, assim como fomentar a fintech Refera Pay. “Na prática, a Refera Pay já existe como um processo dentro da empresa, onde antecipamos recebíveis aos prestadores de serviços. No futuro, ela se tornará um banco digital completo para este nicho de mercado” afirma Lucas.
