Uso do plástico aumenta produção em 30%

A plasticultura, que nada mais é do que o cultivo protegido por plástico, é uma boa alternativa para que pequenos produtores tenham ganhos significativos ao final da safra. A técnica é capaz de aumentar em até 30% a produtividade dos pomares e ainda reduzir os custos com energia elétrica, água e período de irrigação. Apesar de ser utilizada há mais de uma década no Rio Grande do Norte, essa tecnologia agrícola é pouco difundida nas pequenas propriedades. No entanto, é apontada como uma solução viável para a agricultura familiar. O assunto foi tema de palestra ministrada no Espaço Negócios Rurais do Sebrae na Festa do Boi. O evento prossegue até o próximo sábado (18) no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim.

Intitulada ‘Fruticultura – Plasticultura e Cultivo Protegido’, a palestra ministrada pelo engenheiro agrônomo Vercélio Lima  demonstrou como a técnica pode influenciar a produção de frutas tropicais no estado. De acordo com o consultor da Vafal, empresa mossoroense especializada em consultoria agrícola, mais de dez hectares de melão plantado entre a região de Mossoró e o Ceará já utilizam a plastificação como forma de melhor controle das variações climáticas, aumento de produtividade e redução de insumos. “Todas as culturas podem se beneficiar do uso do plástico na agricultura, assim como as plantas ornamentais e horticultura”, garante o Vercélio Lima.

Para se ter uma ideia da economia, o custo de 30 dias de capina para o produtor sai a R$ 1,2 mil apenas com a mão de obra. Se aderir à técnica da plasticultura, a bobina de plástico sai por R$ 1 mil. Mas, as vantagens vão além. As despesas com água e energia podem cair em até 50% com uso de sacos em estufas ou proteção do solo. Os plásticos são usados,por meio das técnicas especificas da plasticultura, na construção de túneis e estufas. Além disso, são utilizados para a construção de ambientes para controle da plantação, com temperaturas e umidades apropriadas.

A técnica começa a ser difundida além das grandes plantações voltadas ao mercado internacional, a maior parte situada nas regiões Oeste e Vale do Açu. Há experiências também em cidades da região litorânea e que estão sendo registradas em grupos de pequenos produtores. “Temos trabalhos com agricultores familiares produtores de abacaxi em Touros e produtores de alface na comunidade de Gramorezinho, na zona Norte de Natal, que já estão usando a plasticultura”, afirma Vercélio.

De acordo com o consultor, para adotar o cultivo protegido na lavoura é preciso uma assessoria técnica especializada. A mudança requer cuidados, como manejo diferenciado do solo, redução dos períodos de irrigação e uso de equipamentos específicos. Contudo, vale a pena pelos ganhos. É o que garante Vercélio Lima.

 

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