O acesso à internet é uma prática para a quase totalidade dos donos de micro e pequenas empresas brasileiras, aquelas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano. De acordo com pesquisa inédita do Sebrae, 92% desses empresários usam a internet. Quando comparado ao acesso feito pelo conjunto da população brasileira, os empreendedores se mostram bem mais conectados. Dados do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC.br) indicam que 59% da população utilizam a rede global de computadores.
O uso da internet no celular pelos donos de pequenos negócios também supera a média da população brasileira. Enquanto metade dos empresários usa seu telefone móvel para se conectar, apenas 31% da população do país fazem o mesmo. “A internet hoje é uma importante ferramenta que os donos de pequenos negócios têm para se capacitar e divulgar seus produtos e serviços. Ter acesso a esse meio de comunicação já é um grande passo para melhorar a qualidade do empreendedorismo no país”, destaca o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
O estudo apontou que para 65% dos empresários que usam internet é alta a importância desse canal para o bom desempenho do negócio. Os principais motivos que levam os donos de micro e pequenas empresas a utilizarem a rede mundial de computadores são o uso do e-mail, a pesquisa de preços e de fornecedores, serviços financeiros e compras de insumos. Os empresários que acessam a internet gastam, em média, 20 horas semanais para assuntos ligados ao negócio e 12 horas para outras finalidades.
O uso da internet também é considerado um importante canal de capacitação. De acordo com a pesquisa, do total de empresários entrevistados, quase metade deles têm interesse em fazer cursos pela internet. Em média, eles dispõem de cinco horas por semana para essa finalidade. Só os cursos a distância oferecidos gratuitamente pelo Sebrae tiveram a procura recorde de quase um milhão de pessoas até o início de dezembro de 2014. “Sabemos que o grande desafio para os donos de pequenos negócios é se qualificar. Para se ter uma boa gestão é preciso estar capacitado e essa disponibilidade do empreendedor favorece a criação de novas empresas, aumentando também a taxa de sobrevivência delas”, destaca Barretto.