Cenário promissor para as Startups

O cenário atual para o financiamento e investimentos em startups nunca esteve tão promissor. Os sinais de amadurecimento desse mercado podem ser identificados por alguns números que falam por si, como o aumento de fontes de informação e dados confiáveis, especialmente a partir de 2010. Também o número de fundos de Venture Capital passaram de menos de 30 em 2010 para mais de 50 atualmente. A captação de recursos  que em 2010 girava em torno dos R$ 30 milhões já ultrapassa os R$ 2 bilhões.  “É claro que comparado com um mercado como o dos Estados Unidos, onde os investimentos anuais giram em torno dos 84 bilhões de dólares, ainda temos uma estrada grande pela frente, mas para a realidade brasileira trata-se de um inegável avanço”, avaliou Rodrigo Ventura, fundador e diretor da Escola do Financeiro, que apresentou o painel “Cenário de financiamento e investimento de empresas” na manhã de hoje no Startup Summit. Só no primeiro trimestre deste ano foram investidos nada menos que R$ 1,2 bilhão em empresas emergentes, o equivalente a tudo o que foi investido nos últimos 25 anos.  Só de investimento anjo, o total já alcança R$ 851 milhões, distribuídos entre 7 mil apoiadores.  Empresas com mais de uma rodada de investimento que em 2009 não alcançavam uma dezena hoje já somam mais de 200.

As tendências de investimento, no entanto, foram mudando com o passar dos anos. Hoje, o investidor anjo não financia mais apenas a idéia, ele necessariamente parte de um protótipo.   Ao mesmo tempo, menos empresas são contempladas, mas levam mais capital. “As valuations estão subindo e os gestores de venture capital estão entregando mais valor. Ao mesmo tempo, os setores estão se diversificando, acabaram as modinhas como e-commerce, delivery, entre outras”, disse Rodrigo Ventura.  Essa diversificação da dinâmica do capital investido vem priorizando cada vez mais modelos de negócios diferentes. A chegada de mais investidores estrangeiros, entre eles alguns fundos renomados, mostra que não há mais um determinismo geográfico para o aporte de capital e de novas alternativas de captação. Ao mesmo tempo, embora tenha crescido o profissionalismo  e a robustez dos dados de mercado, com mais transparência e publicidade dos anjos e VCs, os empreendedores ainda precisam aprender a falar a língua do investidor, entender melhor a dinâmica do capital e o cálculo de retorno. De acordo com Rodrigo Ventura, embora faltem profissionais de tecnologia no país, não faltam recursos para as boas idéias e oportunidades.

 

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