No início dos anos 2000 o custo para iniciar uma startup era de US$ 5 milhões. Em 2011, quando essa nova economia recheada de inovações tecnológicas e recursos digitais começou a dominar o mercado, o preço caiu para US$ 5 mil. Isso porque a última pesquisa feita pela Global Entrepeneurship Monitor (GEM) e publicada no Brasil pelo Sebrae, concluiu que a taxa de empreendedorismo da população adulta brasileira aumentou um total de 20%, desde 2009.
O crescimento econômico do país gerou uma nova classe de consumidores apta e motivada a arriscar mais. E, de acordo com o relatório Startup Ecosystem de 2012, tal fato rendeu a São Paulo o prêmio como a 13° melhor região do mundo para se empreender, liderando nas cidades latino-americanas.
Por definição, startup é um empreendimento inovador com dois fatores essenciais: ser repetível e escalável. Quem empreende uma startup tem em mente que é necessário entregar o mesmo produto em uma escala ilimitada, ao mesmo tempo que as novas demandas do mercado podem influenciar completamente seu modelo de negócio. Esses empreendedores se dividem, segundo a ABS, entre profissionais de 30 a 40 anos, e jovens universitários entre 20 e 23 anos, que entendem a startup como um novo modelo que rompe com os padrões de negócios tradicionais, fazendo todas as diferentes áreas se relacionarem e participarem da criação do produto final.
As Startups são empresas que apresentam essa interconectividade que cria e desenvolve em conjunto, se distanciando do tradicional modelo de negócio que isola as diferentes áreas e não torna possível o aprendizado como um todo. Essa carência de conexão entre as diferentes áreas vai contra os códigos de ética e cultura de uma startup, enquanto a tendência de inovar é característica natural das startups, uma vez que propõe todo um planejamento moderno com novos hábitos no dia a dia.
“Começamos a falar em startup na década de 90 depois do crescimento comercial da internet, e isso nos fez pensar nas mudanças que deveríamos estar acompanhando, e não lutando contra. A maneira como nos diferenciamos de nossos concorrentes se dá pela diversidade que vivemos. Trabalhar em uma startup é diferente de uma empresa estabelecida. São ideias novas o tempo todo, ideias vindas de todos, e isso nos faz ter uma nova visão de mundo”, afirma Thomas Carlsen, COO da mywork, startup de controle de ponto online, quando questionado sobre sua motivação em fundar a empresa.
Nessa nova era, se comunicar da maneira correta é o diferencial de uma empresa. À medida que os clientes não veem mais o produto apenas como um simples produto, mas sim como uma experiência, compreender a diversidade de recursos é essencial.
Com um ambiente que demanda um fluxo contínuo de trabalho, a dedicação é um forte traço estabelecido em uma equipe. Enquanto empresas convencionais têm metas fixas estabelecidas e um fluxo de trabalho padrão, as startups buscam novas formas de realizar suas atividades e aperfeiçoar o relacionamento com as pessoas.
O CEO da mywork, Tímor Espallargas, também comenta sobre a iminente necessidade de inovar. “A maneira que lidamos com a hierarquia rompe totalmente com os padrões tradicionais. No começo isso pode assustar um pouco, mas quando um time corre junto e não apenas seguindo ordens repassadas, tanto o comprometimento quanto o resultado são diferentes.”
O Brasil entrou para o ranking das startups de sucesso em 2018 com seus seis primeiros unicórnios: 99 táxi, Nubank, Uber, Rappi, e Pagseguro, que foi responsável pela maior abertura de capital de uma empresa brasileira na estreia da bolsa de Nova Iorque, com um total de US$ 2,6 bilhões.
Além de terem introduzido grandes inovações ao mercado, essas empresas têm como símbolo a figura mitológica por terem sido avaliadas em 1 bilhão de dólares antes mesmo de abrir seu próprio capital na bolsa de valores.
E o que faz de fato uma startup ter sucesso? A presença de uma equipe multidisciplinar em busca de um produto ou serviço inovador, de base tecnológica com um modelo de negócio facilmente replicado e possivelmente escalável sem um aumento proporcional de seus custos. Embora sua fase inicial seja um vasto ambiente de incertezas, cada vez mais surgem histórias de empresas que começaram do zero e se transformaram em gigantes que valem bilhões de dólares.
E aí? Que tal montar uma startup?