Connecting Food projeta dobrar número de organizações sociais atendidas até o fim do ano

Foodtech, que já contribuiu para a doação de mais de 8 mil toneladas de alimentos, pretende aumentar em 50% seu faturamento e, assim, se consolidar como um parceiro estratégico de impacto socioambiental para a indústria e o varejo de alimentos

A Connecting Food, primeira foodtech brasileira de impacto social focada na gestão inteligente de doação de alimentos excedentes, segue movendo esforços para mitigar um dos problemas mais paradoxais da atualidade: a fome e o desperdício de alimentos. Somente em 2022, as quase 3 mil toneladas de alimentos arrecadados pela empresa ajudaram a garantir o complemento de mais de 5,7 milhões de refeições na mesa de brasileiros. Neste ano, a foodtech pretende dobrar esses números.

A foodtech, que atualmente atende mais de 400 Organizações da Sociedade Civil (OSCs), tem a meta de dobrar o número de instituições atendidas e o volume de alimentos redistribuídos nos próximos  meses. Ao todo, a empresa já contribuiu para a doação de mais de 8 mil toneladas de alimentos para OSCs. E, ainda este ano, projeta aumentar seu portfólio de clientes, com um crescimento de faturamento em 50%, para assim expandir sua atuação no mercado e assim, se consolidar como  um parceiro estratégico de impacto socioambiental para  a indústria e o varejo no setor alimentício.

A fundadora e CEO da Connecting Food, Alcione Pereira, conta que 2022 foi um ano de muitos progressos e bons resultados, como a entrada da empresa no segmento da indústria de alimentos, o que revelou muitas possibilidades de expansão da doação de alimentos excedentes. Além disso, Alcione dá destaque para outro avanço durante o ano passado: a primeira operação de colheita urbana e a consolidação do Movimento Todos à Mesa, onde a Connecting Food é co-criadora.

“Tivemos um grande avanço com a nossa primeira operação de colheita urbana em um município, onde mapeamos os potenciais doadores de alimentos do território e conectamos com organizações sociais locais, além de direcionar a criação de uma política pública na cidade para garantia da perenidade desta iniciativa. Expandimos a atuação do  Movimento Todos à Mesa, trazendo mais membros e potencializando as doações de alimentos em mais de 500 toneladas. Ganhamos, com o Todos à Mesa, o Prêmio Amcham de Sustentabilidade”.

Cenário de novas perspectivas para o combate à fome

Fundada em 2016, a Connecting Food surgiu com o propósito de conectar empresas do setor alimentício com organizações sociais, oferecendo inteligência e eficiência para a inovação socioambiental no setor alimentício. Hoje a empresa conta com clientes dos grandes nomes do segmento, como Grupo Pão de Açúcar, Assaí Atacadista, Ifood, Proença,  Nestlé, Danone, M.Dias Branco, DPA, Bauducco, Lopes Supermercados, Carrefour e Camil. Além disso, a foodtech pretende atuar fortemente na estratégia ESG (Environmental, social, and corporate governance, na sigla em inglês) das organizações com questões referentes à fome e redução do desperdício de alimentos.

Para este ano, a Connecting Food pretende articular possíveis parcerias, ampliando e estreitando relacionamentos com associações focadas no segmento, para aumentar o engajamento no combate à fome e redução do desperdício de alimentos no país. A principal ferramenta para isso será o Movimento Todos à Mesa, inicializado pela empresa de delivery, que é uma coalizão de empresas e organizações brasileiras que nasceu em 2021 com o objetivo de reduzir os impactos da fome no Brasil durante a pandemia e mitigar o volume de alimentos desperdiçados. O projeto já doou mais de 6  mil toneladas de alimentos para ONGs em 19 Estados do Brasil, impactando mais de 1 milhão de pessoas. Além da distribuição de comida, o grupo discute e articula um ambiente regulatório favorável à doação de alimentos no país. A iniciativa também mobilizou outras empresas como: Bauducco, Carrefour Brasil, Danone, Camil, DPA, MDias Branco, Nestlé Brasil e Lopes Supermercados.

Outro parceiro atuante em conjunto com a Connecting Food no combate à fome e ao desperdício de alimentos é o Assaí Atacadista, com o programa Destino Certo, que separa frutas, verduras e legumes sem valor comercial, mas em perfeito estado para consumo, e, que são destinados às organizações que mais precisam das doações. Desta forma, o programa contribui tanto para que as doações cheguem a comunidades em situação de vulnerabilidade e na redução do desperdício de alimentos, porque traz uma segunda chance a itens que foram rejeitados esteticamente no momento da venda, mas que estão próprios para serem consumidos. Neste programa, o Assaí incluiu 60 novas organizações que passaram a contar com o apoio recorrente das doações da Cia. Ainda no último ano, o atacadista doou mais de 2,5 mil toneladas de alimentos beneficiando cerca de 374 mil famílias brasileiras em situação de vulnerabilidade por meio de 307 instituições sociais, que somaram doações diretas (realizadas pela empresa), campanhas de arrecadação com clientes e parcerias.

A fundadora da foodtech aponta que o engajamento de empresas e novas mudanças de cenário político apresentam um cenário favorável e de grandes mudanças. Entre as ações favoráveis que impulsionam um cenário de transformação, Alcione menciona a Agenda 2030 da ONU, que visa mobilizar lideranças para acabar com a fome e garantir o acesso à segurança alimentar para todos. Além disso, ela recorda que, recentemente, a COP 27, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 2022, reuniu lideranças mundiais no Egito para debater e propor ações eficazes em questões acerca do tema,  como a falta de alimentos, os impactos adversos das mudanças climáticas causados na cadeia de produção de alimentos e as mudanças no setor agrícola.

“Temos que estar cientes de que, para reduzir os impactos sociais causados pela fome e o desperdício de alimentos, é preciso que empresas, organizações, governos e a sociedade como um todo estejam engajados de forma a endereçar soluções de forma mais assertiva, cuidando para que as populações mais vulneráveis sejam atendidas de forma emergencial e a longo prazo”, ressalta Alcione.

Facebook
Twitter
LinkedIn