Fundada há pouco mais de seis meses, a Cuidas entrou no mercado de saúde com um propósito inovador: conectar empresas com médicos de família para atendimentos no próprio local de trabalho. A startup, fundada por três amigos, surgiu quando o paraibano Matheus da Silva, a paulistana Deborah Alves e o carioca João Henrique Vogel perceberam um gargalo no segmento, envolvendo desde altos custos com planos de saúde para as empresas até a cultura da busca de especialistas por parte dos brasileiros em emergências.
Focando no tratamento integral de cada um dos colaboradores das empresas, a Cuidas leva até o ambiente de trabalho os melhores médicos de família para um tratamento personalizado, focado nas individualidades do paciente e não na doença. “O brasileiro está acostumado a sentir dor de cabeça e ir ao neurologista, a passar mal e ir ao Pronto-Socorro. No Brasil, para se ter uma ideia, 73% do primeiro atendimento é na emergência. Então, ainda existe uma cultura muito forte de focarmos direto nos especialistas e na própria emergência, negligenciando uma visão holística e um foco preventivo do cuidado com a saúde”, afirma Matheus Silva, CEO da Cuidas.
E esta tendência de fragmentação e excesso de especializações do tratamento de saúde, muito comum no cenário brasileiro, chegou a ser contestada já nos primeiros três meses de operação da Cuidas. Logo neste período, os médicos da startup conseguiram resolver 98% dos casos tratados. “Para nós, esse modelo de tratamento que propomos é vanguardista, mas também um movimento pelo qual a área de saúde deverá passar. Por isso, estamos bastante seguros que ele deve trazer agilidade, otimização de tempo e de investimentos para usuários e para as empresas, que podem se ver reféns de formatos que não mais atendem às necessidades atuais, como o dos planos de saúde tradicionais”, comenta Matheus. “Hoje, demora-se muito tempo para agendar uma consulta. Além disso, o processo para uma pessoa empregada fazer algum tipo de tratamento de saúde é muito desgastante e custoso, tanto para a empresa como para o paciente. Em grandes centros como São Paulo, os funcionários tendem a perder de 6% a 8% de seu período de trabalho mensal somente com estes deslocamentos”, complementa.
Logo no segundo mês desde sua fundação, a Cuidas recebeu sua primeira rodada de investimento dos fundos Kaszek, Canary, Innova Capital e Bridge One, além de investidores-anjos como altos executivos do Nubank, Guiabolso, Ingresse e Mandalah.