De 0 a 700 clientes em dois anos: startup cresce desenvolvendo sistemas helpdesk para grandes marcas

A experiência na implantação de sistemas de atendimento ao cliente (helpdesk) – e a visão de que havia uma demanda forte no mercado por soluções mais customizáveis e ágeis – uniu os empreendedores Donisete Gomes e Edson Murilo Maestri no projeto de desenvolver um software que pudesse resolver os problemas mais comuns de quem atuava com este tipo de solução.

Esse foi o propósito que deu início, em 2016, à Movidesk, startup com sede em Blumenau e que cresce em média 14% ao ano e hoje conta com mais de 700 clientes (ESPN, Mormaii, Hamburg Sud, Unimed e Havan) e mais de 50 colaboradores – uma expansão que a coloca como uma das grandes promessas entre as novas empresas de tecnologia do Vale do Itajaí.

“Fazer as coisas de maneira mais simples era o nosso lema desde o primeiro dia”, resume Donisete, que começou a carreira como desenvolvedor em uma das principais empresas de software da cidade e depois passou a atuar na implantação de sistemas em grandes corporações.

Depois de sair da empresa, ele começou a atuar como consultor – uma delas foi a Mestre Sistemas, fundada pelo pai de Edson. Era 2012 e, enquanto atuava parte do tempo na empresa, Donisete mantinha o sonho de desenvolver um sistema próprio de help desk/service desk, mas tinha dificuldade em buscar uma equipe e fazer a ideia deslanchar. Depois de um papo descompromissado, Edson decidiu entrar no projeto aportando capital e conhecimentos na área de design.

O software que viria a se chamar Movidesk começou a ser testado, sem custo, em algumas empresas da região. Em 2016, os sócios se lançaram no mercado e o primeiro ano mostrou um bom desempenho: foram 100 clientes e uma receita mensal recorrente de R$ 30 mil. Em novembro daquele ano, inauguraram uma sede e contrataram o primeiro funcionário. Até o final de 2018, a empresa espera contar com 1,3 mil clientes.

A expansão exigiu uma nova sede, recém-inaugurada e localizada no centro de Blumenau. Em seis andares e 650m2, conta com a infraestrutura clássica das startups: espaço de descanso, área de jogos e arquibancada para reuniões. O desafio agora é encontrar talentos: há pelo menos 30 vagas abertas, embora nem todas “imediatas”. “Estamos recebendo muitos currículos e, se deparamos com um profissional promissor, queremos contratar na hora, mesmo se ainda não há demanda neste momento”, comenta Edson.

Nos próximos meses, a startup deve anunciar um novo aporte de investimento, que será utilizado para ampliar a equipe e posteriormente marketing e vendas. “Nos próximos dois anos queremos criar uma raiz sólida no mercado brasileiro. Mas de 2020 em diante nosso objetivo é ir pra fora, queremos ser um player global”, explica o cofundador.

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