Empreendedor de fintech foi do basquete ao mercado financeiro

Carlos Benitez, CEO da financeira BMP Money Plus

O universo das financeiras parece, à primeira vista, simples. Ele é formado por empresas que oferecem crédito a quem possa pagar o valor diluído em parcelas acrescidas de juros. Porém, nem todos os players desse universo pensam e agem desse jeito.

É o caso de Carlos Eduardo Benitez, CEO da financeira BMP Money Plus. Ex-jogador de basquete, ele desistiu do esporte devido uma contusão. Decidiu então usar seu conhecimento em economia para que em 1999, fundasse uma plataforma de financiamento de automóveis, que intermediava bancos e clientes. Apesar da boa ideia, o negócio foi engolido pela famosa “bolha da internet”. Desiludido, ele montou uma empresa de intermediação de crédito que, em 2009, tornou-se instituição financeira no Banco Central.

Com as possibilidades crescentes do universo online, Carlos ainda via um futuro. “Dois anos atrás percebi que o mercado de tecnologia cresceu, mas notei que empreendedores e investidores cometiam os mesmos erros que eu em 1999”, recorda o empresário.

Em 2016, ele adquiriu uma participação em uma empresa de tecnologia para que pudesse desenvolver modelos adaptados às necessidades do cliente e impulsionados pela velocidade digital. “Entendemos que não é apenas a tecnologia que faz o negócio funcionar. O mais importante é aplicar uma inteligência dentro dela, facilitando o processo para nosso cliente e para os clientes dos nossos clientes”, explica Carlos.

Bom estrategista dentro e fora das quadras, Carlos soube transformar o conhecimento como jogador de basquete em um modelo inovador para os negócios. “Somos diferentes de um banco, que só quer saber quanto vai emprestar, quais são as garantias e quando receberá o dinheiro. Nossa proposta é entender o que podemos fazer para que o negócio ande melhor do que está agora. É um discurso de parceria”.

Para ele, o erro de muitos empreendedores é fazer o empréstimo sem planejamento ou apenas para tapar um buraco. É preciso saber como usar o dinheiro para fazer com que o negócio cresça. “Eu quis virar instituição financeira para tomar as decisões ao invés de seguir as decisões. E com isso, poder usar a inteligência do negócio para enxergar as dificuldades dos clientes de outra forma e ajudá-los”, conclui.

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