Nos últimos dez anos, o número de empreendedores no mundo passou de 14,6 milhões para um total de 49,3 milhões, segundo dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Criar estratégias para desenvolver um bom negócio pode ser desafiador, especialmente quando não se conhece o futuro do mercado e os fundadores não possuem as habilidades necessárias em todas as áreas.
Uma solução é planejar os próximos passos da empresa da forma mais realista possível, como sugere a filosofia empreendedora Effectuation, na qual organizar o futuro se torna mais fácil quando você usa o que está sob seu controle, como: quem é você, o que sabe, quais são seus recursos e quem você conhece – a fim de desenvolver novas ideias com possíveis parceiros.
Foi por meio dessa abordagem que surgiu a Fabenne, a primeira startup de vinhos a oferecer um portfólio completo de serviços para o food service, abrangendo todas as ocasiões de bares e restaurantes: sala, bar e cozinha. Seus fundadores passaram por carreiras em áreas distintas e uniram suas experiências, junto ao amor pela bebida, para abrir o negócio.
Adriano Santucci, hoje CEO da empresa, é formado em administração e tem mais de uma década de experiência no segmento em marketing, atuando em empresas como a Unilever e BRF. Foi ainda, por 4 anos, Head de Marketing da Jack Daniel’s no Brasil.
Já Arthur Garutti é sócio e COO da ACE, maior hub de empreendedorismo da América Latina. Tem experiência de 15 anos em multinacionais como BRF, Siemens e Faber-Castell e também é professor de empreendedorismo na ESPM.
Formado em administração, Thiago Santucci tem uma carreira sólida, atuando há 13 anos com foco no modelo de venda direta, na empresa de cosméticos Natura.
Suas experiências em diferentes áreas foram estratégicas para a criação do modelo de negócio da empresa.
“As nossas experiências somadas foram fundamentais para estruturar o modelo de negócio da Fabenne. Desde o entendimento especifico dos hábitos do consumo no setor de bebidas ao relacionamento de excelência com nossos clientes, passando por qual linguagem usar com nossos públicos. Além de um lado de transformar o negócio, que tem tudo para ser comum, de uma economia tradicional para algo escalável, da nova economia”, afirma Arthur.Os empreendedores apostam na “desgourmetização” do vinho e exploram os benefícios da tecnologia da embalagem para levar os produtos e os serviços complementares que garantam a rentabilidade e giro dos clientes. Hoje, aproximadamente 75% dos restaurantes parceiros da Fabenne utilizam a marca como a opção de Vinho da Casa. Ao entrar em um deles, não será surpresa uma abordagem eficiente do garçom acompanhada de uma de vinho da Fabenne. O serviço prestado pela marca vai de jarras e copos à treinamento de vendas com instrução de serviço para o cliente não perder o markup.
Com durabilidade muito maior, a Fabenne também estimula o uso dos produtos em outras partes importantes da operação dos seus clientes com serviços como o Vinho do Bar, em que se ensina a brigada dos restaurantes como preparar os drinks da marca, além de investir nas mesas com menus personalizados e o Vinho do Chef, com consultorias nutricionais para clientes com alto giro de Fabenne na cozinha, que vão desde tabelas nutricionais a melhores receitas com os vinhos da marca.
Hoje, a startup oferece duas opções de vinhos: Cabernet Sauvignon (tinto) e Moscato Giallo (branco). A bebida é disponibilizada em embalagem bag-in-box, 100% reciclável, que contém três litros e preserva a qualidade da bebida por até um mês depois de aberto.
“Os 12 anos de carreira em marketing, trabalhando em multinacionais como Unilever, BRF e Brown-Forman, moldaram a minha forma de empreender e foram fundamentais para que eu pudesse encontrar a forma mais assertiva de gerar valor para a Fabenne. Tive a oportunidade de ser a pessoa por trás dos números, entendendo e reportando movimentações de mercado, além de lançar mais de 7 produtos diferentes, campanhas, gerenciar marcas, canais e times”, analisa Adriano.
O empreendedor conta que, ao longo de sua trajetória profissional, adquiriu visões complementares e aprendeu a dar valor para sair em campo.
“Estar em uma grande empresa e fazer parte de um time forte só faz sentido quando você entende o que vende e para quem vende. Foi com esse mindset que começamos a Fabenne. A estratégia está numa apresentação de PowerPoint, como se vê na Unilever; a gana e força da equipe de vendas e a busca por rentabilidade para a cadeia toda são características muito presentes na BRF; e a agilidade vem do espírito empreendedor que foi o grande pilar no início da operação da Brown-Forman no Brasil, que, com baixo investimento, levou Jack Daniel’s do sexto ao primeiro lugar entre as marcas premium de whiskey mais vendidas no Brasil”, destaca o CEO da Fabenne.
Sobre a Fabenne
A Fabenne é o primeiro food service de vinhos a oferecer um portfólio completo de serviços desenvolvido para atender todas as ocasiões de bares e restaurantes: sala, bar e cozinha. A startup trabalha com duas variedades de uvas, Cabernet Sauvignon (tinto) e Moscato (branco), e utiliza o formato bag-in-box, que facilita todo o processo de manuseio e armazenagem, já que não envolve vidro, é 100% reciclável e economiza 50% do espaço se comparado com uma garrafa tradicional.