GuriasDev vai formar e contratar mais mulheres para área de programação

Combate mulheres programadoras

 Para combater a desigualdade de gênero, a startup gaúcha Combate à Fraude criou programa para  apoiar a  formação de mulheres em tecnologia com a meta de ter 20% de participação feminina no time de desenvolvimento e produto

Diante da escassez de mão de obra qualificada no mercado de tecnologia e da necessidade de promover a equidade de gênero, a startup de tecnologia gaúcha Combate à Fraude criou um programa de educação e profissionalização para empoderar e incentivar mais mulheres a trabalhar com programação.

O GuriasDev oferece bolsas de estudo e conteúdo para fomentar a formação de desenvolvedoras. Em sua primeira etapa, o programa ocorreu em parceria com a edtech Rocketseat, que ministra cursos e palestras para a comunidade de dev (diminutivo do inglês developers, que significa desenvolvedores).

A iniciativa teve início no mês de novembro do ano passado e 10 jovens mulheres ganharam bolsas de estudo para o curso de iniciantes da escola de programação, onde elas aprenderão, do zero, os fundamentos do desenvolvimento. Este foi o primeiro passo do GuriasDev, que prevê uma série de ações de engajamento para mulheres nos próximos anos.

Sentindo na pele

Ser a única programadora em uma startup de tecnologia despertou a vontade de Camila Sbrussi em mudar esse cenário de desigualdade de gênero que é comum nesse mercado. Segundo um estudo divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), ainda existe uma diferença enorme entre homens e mulheres no mercado de Tecnologia: 14,8% de mulheres contra 85,2% de público masculino.

A ideia para a criação do GuriasDev partiu de Camila juntamente com a líder de marketing, Carla Dualib. Para fazer algo mais concreto e colocar as ideias em prática, as duas conversaram com outros colegas que compartilhavam das mesmas impressões sobre a questão de igualdade de gênero no trabalho. A causa logo foi abraçada também pela liderança da startup e foi assim que o programa foi concebido.

“Quando o assunto é equidade de gênero, a área da TI ainda tem muito a avançar para se tornar um ambiente mais atrativo para mulheres. Esse é um pontapé inicial para algo maior, que é incentivarmos o protagonismo feminino na área tecnológica”, comenta Camila.

Contratação de desenvolvedoras

Ao formar futuras desenvolvedoras, a Combate à Fraude pretende aproveitar parte dessa mão de obra qualificada para trabalhar na empresa.  Ao todo, no momento, 52 profissionais trabalham na área de desenvolvimento e produto da Combate à Fraude. A meta é ter 20% de mulheres trabalhando na área de engenharia e produto até o final de 2022.

“Queremos incentivar mais jovens mulheres a ingressarem no mercado de TI. Para isso, nada mais justo do que apoiarmos desde o início do processo, ou seja, a formação tecnológica”, explica a HR Business Partner, Leticia Hinterholz. “Além de combatermos fraudes de identificação digital, também vamos combater a desigualdade de gênero”, complementa.

Como parte do programa, Leticia adianta que para este ano estão previstos processos de seleção específicos para mulheres. Devem ser abertas aproximadamente 40 oportunidades de trabalho para desenvolvedores e muitas delas terão como foco o público feminino

 

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