Maior brechó online do Brasil fatura 1 milhão em 10 meses de funcionamento

Com um cenário político e econômico desafiador, as empresas buscam se destacar e trazer soluções inovadoras para seus consumidores. Dentro deste contexto, o TROC, startup de compra e venda de roupas e acessórios seminovos de marcas premium, foi desenvolvido para unir dois nichos do mercado em grande ascensão: brechó e e-commerce.

Com um faturamento de R$1 milhão em apenas 10 meses, a marca proporciona economia, consumo consciente e rotatividade das peças. A ideia foi desenvolvida pelo casal Henrique e Luanna Domakoski, ex-MIT (Massachusetts Institute of Technology) e ex-Harvard, respectivamente, enquanto cursavam suas especializações nestas universidades consagradas dos Estados Unidos.

De acordo com Domakoski, a idealização de criar um brechó online iniciou durante o aprimoramento em business no MIT e Luanna, que estudava um curso de gestão estratégica com foco em comportamento do consumidor e gestão de marketing, conta ter abraçado o projeto assim que soube da proposta. “Quando retornamos para o Brasil, realizamos algumas pesquisas de mercado e, com a avaliação do comportamento do nosso futuro público, tivemos de aperfeiçoar a nossa ideia inicial para que a empresa se adequasse aos interesses dos consumidores”, evidencia Domakoski, CEO do TROC.

Após quase um ano de estudos, o casal desenvolveu a própria plataforma e o site foi ao ar pouco tempo depois. As compras em brechós possibilitam uma economia de até 80% de vantagem em relação às lojas físicas tradicionais, segundo dados do Sebrae. Ainda conforme a entidade, mais de 14 mil empresas brasileiras comercializam produtos usados, entretanto, apenas 17% deles apostam em e-commerce.

Com a união e pioneirismo nesses dois segmentos, o TROC, em apenas nove meses de funcionamento, se tornou o maior brechó online do Brasil e atingiu um crescimento mensal de 100% no faturamento. “Atualmente, as mulheres seguem as blogueiras e celebridades e acompanham a rotina dessa influenciadoras digitais. Por isso, o interesse do brasileiro por brechós tem aumentado significativamente, pois é possível acompanhar o cotidiano dessas personalidades e usufruir dos mesmos produtos com práticas bem mais econômicas para as consumidoras. Os itens que vendemos chegam a custar 20% do valor original”, ressalta Domakoski.

O grande sucesso, comprovado pelo fato de 40% das compras serem feitas por clientes recorrentes, deriva de diversos fatores: a empresa cuida de todo processo de compra e venda, oferecendo uma lucratividade de até 70% para quem envia as peças, que não precisa nem pagar o frete para Curitiba, local que se encontra o escritório do TROC e um galpão de 500m².

A satisfação do público é tão grande, que Domakoski já foi até palestrante convidado do MIT para abordar a questão do empreendedorismo no Brasil e as diferenças entre a prática americana e a brasileira de inovações de mercado. Outro diferencial é que o e-commerce conta com uma curadoria especializada, que só aceita roupas e acessórios em perfeito estado e originais, o que acabou trazendo um novo público. “90% dos nossos clientes nunca haviam comprado peças usadas antes. Nosso controle de qualidade atrai novas compradoras, que também acabam vendendo peças antigas que não usavam mais. Somos rigorosos e por isso sabemos que nossos clientes são cada vez mais fiéis”, explica o CEO.

O desafio da empresa é de desmistificar o consumo de roupas “second hand”, termo criado pelo casal para os itens que são vendidos nos brechós. “Queremos estimular as compras sustentáveis e permitir que as pessoas passem a adquirir marcas de luxo por um preço bem mais acessível, sem contar que os brechós são uma alternativa de renda extra. Reusar peças em ótimo estado é sempre um bom negócio”, finaliza Domakoski.

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