Em cinco anos, grupo acumula quatro exits, que representam 3 vezes de lucro para os investidores-anjo em referência aos investimentos realizados
A rede de investidores-anjo formada por ex-alunos da FGV, GVAngels, chegou ao seu 50º aporte. O marco acontece quase cinco anos após a sua fundação, R$ 45 milhões investidos em startups early stage, quatro exits (Chiligum – que rendeu quase 80% de lucro , Educabank – 10 meses depois do aporte e rendeu mais cerca de 3x de lucro -, Instaviagem e Suflex) e apenas um write-off – quando o investimento realizado não teve sucesso
A startup de número 50 foi a Prol Educa, edtech que ajuda famílias da periferia a matricular seus filhos em escolas particulares. O cheque foi assinado por 30 investidores e contou com a participação do GVAngels, Anjos do Brasil e do Investe Favela.
Até outubro de 2022, de acordo com a base de dados do GVA, o maior investimento do grupo foi na startup Educbank, no valor de R$1,775 milhão, em junho de 2021. O aporte que mais reuniu associados foi o da AutoForce, no mesmo período, com 49 investidores. Seis a mais que o da Educbank, que ocupa a segunda posição.
“O GVAngels é um grupo de investidores-anjos que busca fortalecer o ecossistema de inovação e empreendedorismo no Brasil. Nossa missão vai muito além de apenas investir, queremos construir uma rede de startups experientes no Brasil e no exterior, capacitar e ajudar fundadores visionários a construírem o mercado de amanhã, entregando toda nossa experiência e networking”, comentou Wlado Teixeira, diretor executivo do GVAngels (foto).
Outro ponto que merece destaque nesses cinco anos é o crescimento do ticket médio aportado pela rede de investimento anjo. Em 2018, quando o GVA ainda dava seus primeiros passos , o valor do cheque médio era de R$200 mil. Em 2019, esse valor saltou 120% e chegou a cerca de R$440 mil. No ano seguinte, que foi marcado pela chegada do Coronavírus e todos os seus reflexos, o valor chegou a R$524,4 mil (um crescimento de 19%). Em 2021, ano marcado pelo boom das startups e recorde de valor investido em empresas desse nicho, houve um crescimento de 100% com relação a 2020, ou seja, o aporte médio chegou a R$1,068 milhão. Em 2022, apesar do inverno das startups e a queda de investimentos no universo do Venture Capital, os aportes em startups early stage andaram no sentido contrário e o GVAngels é uma prova disso. Comparando 2022 com 2020, temos um crescimento de 20,7% Comparando 2022 x 2019, houve um aumento de quase 44% ,e 2022 com 2018 , houve um crescimento de 120% no aporte médio.
Para Wlado , diretor executivo da rede , esse crescimento no longo prazo, e o investimento early stage se destacando frente aos demais, tem uma explicação. “O amadurecimento do ecossistema de inovação faz com que startups early stage estejam chegando mais preparadas para as rodadas iniciais”
Wlado ainda pontua que 2022 pode ser um ano de quebra de recordes para o GV Angels , mesmo com as incertezas econômicas e a crise motivada pela guerra na Europa. Ao longo de 2022, a rede realizou 10 rodadas de investimentos, que totalizaram R$6,4 milhões, e ainda pode realizar mais sete investimentos até o final de 2022 , decorrente dos fóruns de investimentos realizados em outubro e novembro , e dos investimentos que estão em processo de due diligence
“De outubro a dezembro temos 5 investimentos realizados, 5 em fase de due diligence – que totalizam 10 – e 3 em fase de contrato. Como estamos em época de Copa do Mundo e logo na sequência temos as festas de fim de ano, acreditamos fechar 2022 com 17 a 20 aportes e como ano no qual realizamos mais investimentos em startups. Em 2021 foram 13, 2020 10, 2019 12 e 2018 3”, analisou Wlado Teixeira.
Internacionalização e formação da academia de anjos
Ao longo de seus cinco anos de história, o GVAngels não se limitou a investir apenas em startups brasileiras. Prova disso é que ao longo da história, oito investimentos em startups estrangeiras foram realizados, sendo quatro sem atuação no Brasil. As mais recentes, que receberam aporte em 2022, foram a britânica Palqee , que recebeu um cheque no valor de £77.500 mil (R$ 522 mil na cotação da Libra na época) e a canadense Boundless Life, que recebeu aporte de US$ 148 mil (R$ 744.736 mil na cotação do Dólar na época).
Como o GV Angels busca criar um ecossistema forte de startups, promover o networking entre seus associados e empreendedores, também lançou a Angels Academy. plataforma online que se propõe a cobrir todas as etapas do investimento-anjo no Brasil, e no exterior. As aulas, que têm enfoque bem prático, são ministradas por alguns dos principais investidores do Brasil. São consultores, advogados e gestores de fundos de Venture Capital com prática no Brasil e nos Estados Unidos.
Sobre o GVAngels
O GVAngels é um grupo de investidores-anjo formado por ex-alunos da FGV. Desde sua fundação, em abril de 2017, a rede de 340 ex-alunos da FGV, já investiu mais de R$45 milhões, em 46 startups de alto potencial de crescimento e escala, no Brasil, Estados Unidos e Reino Unido.
Além do aporte financeiro, as empresas investidas recebem acesso ao Smart Money e Networking, de executivos C-Level e empreendedores de sucesso, que compõem o grupo de membros investidores do GV Angels. O grupo já realizou investimentos em diversos segmentos, como martechs, fintechs, agtechs, healthtechs, e startups de vários outros setores de atividades, os quais dão relevante contribuição para a modernização da economia do Brasil.
O grupo se destaca por ter um dos processos de seleção e avaliação de startups mais rápidos do ecossistema, sem perder a alta qualidade nas análises das startups inscritas. Após os fóruns de apresentação de startups, as startups selecionadas são informadas do interesse dos membros em nelas investirem. O processo de due diligence, emissão de contrato, e liberação do aporte financeiro, demora cerca de 45 dias.