Foto: Sócios proprietários da Pegaki: João Cristofolini, Daniel Frantz e Ismael Costa
Você compra um produto em um e-commerce, mas nunca recebe. Vai checar e descobre que, na verdade, o portador tentou entregar, mas não conseguiu: não tinha ninguém em casa, o prédio não tem porteiro ou, se tem, ele não está autorizado a receber encomendas. Isso sem falar nas já tradicionais greves dos Correios. Essas situações são corriqueiras e geram um prejuízo para todos os envolvidos: o cliente fica sem o produto e acha que a culpa é da empresa que, além de sofrer dano à reputação, ainda tem de lidar com o prejuízo financeiro do armazenamento e reenvio.
Agora imagine se o e-commerce pudesse deixar sua compra em uma empresa ou comércio confiável e perto de você, tipo um posto de gasolina, um hotel, um supermercado, uma lavanderia, uma padaria? Aí você passaria lá para retirar no horário comercial deles, muito mais flexível que o dos Correios. É essa solução proposta pela rede de pontos de retirada Pegaki. A empresa criada em Blumenau já conta com mais de 300 pontos ativos e mais de mil em fase final de aprovação em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Blumenau, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá e Curitiba. Ao todo já foram mais de 10 mil produtos entregues, o equivalente a R$ 1 milhão em produtos.
De acordo com o CEO de fundador da Pegaki, João Cristofolini, a demanda pela solução está altíssima, nas três pontas: consumidores, e-commerces e pontos de venda. “Por uma questão logística, nosso primeiro alvo é o e-commerce. Ele precisa saber que temos uma solução para ele. Em seguida, o conectamos com os pontos de retirada, para os quais são oferecidos um pacote de benefícios e total segurança. Aí temos condição de atender o consumidor, que é o objetivo final da operação. Essa é uma solução simples, bem mais eficiente e que vem agradando todos os agentes envolvidos, não só aqui, mas ao redor do mundo. Diante disso, a perspectiva é de crescimento exponencial, sem dúvida”, afirma.
Alguns indicadores revelam o tamanho desse mercado. No Brasil, grandes redes iniciaram 2018 apostando no modelo de retirada em ponto como alternativa de entrega e diferencial para o cliente. Por aqui, 20% das empresas que contam com e-commerce e loja física já oferecem retirada na loja física. Lá fora, o mercado é ainda maior: só em 2017, Europa, EUA e China somaram cerca de 40 mil pontos de retirada, média de 300 mil pacotes por dia, o que equivale à 40% de todas as compras online. “Tratam-se de números absolutamente significativos e que revelam a tendência irreversível do modelo agora proposto no Brasil pela Pegaki”, pontua Cristofolini.
Benefícios para o comércio
Os benefícios da Pegaki são até intuitivos para o e-commerce, que resolve seu problema de entrega, e para o consumidor, que ganhou uma forma mais conveniente de buscar seu produto. Mas quais são as vantagens para os pontos de venda, que ficarão responsáveis pelo armazenamento dos produtos?
“Dois pontos são muito levantados pelos lojistas: segurança e logística. Primeiramente, todas as encomendas são seguradas, o ponto de venda está absolutamente protegido. Além disso, é a Pegaki conta com uma rede de transportadoras parceiras que enviam o produto até o estabelecimento escolhido e avisa o cliente assim que mercadoria chegar”, esclarece João.
Acerca das vantagens, o executivo informa que, em média, 30% dos clientes que passam no ponto para retirar suas encomendas, acabam comprando algum produto na loja. “A Pegaki rentabiliza um espaço físico ocioso e leva novos potenciais clientes para dentro da loja todo mês. Certamente é uma alternativa inteligente não só para o e-commerce e o consumidor, como também para o ponto de venda”, finaliza.