Tecnologia da informação é para mulheres, sim!

Vidia Healthtech tecnologia

Healthtech fundada em meio à pandemia reforça a diversidade em carreiras historicamente masculinas

A diversidade no mundo corporativo vem sendo foco de um número cada vez maior de empresas, e com startups não poderia ser diferente já que recebem em grande quantidade a nova geração Z de profissionais que chega em busca de causas e propósitos e com um pré-requisito básico: um ambiente plural que desperte sua curiosidade, exalte a individualidade e entenda as diferenças. A Vidia vem dando os primeiros passos para formar uma cultura inclusiva, contribuindo para a quebra de barreiras e estereótipos que prejudicam a evolução do mercado de trabalho e inibem a inovação, ingrediente fundamental para uma startup ou qualquer empresa prosperar.

A contratação mais recente é de sua primeira mulher programadora, Larissa Dias, formada pela Faculdade das Américas. Essa é uma das carreiras que aos poucos vem abrindo caminho para que mais mulheres possam trilhar. “As pessoas da minha equipe são acolhedoras e respeitosas, isso ajuda muito em qualquer começo de jornada. Me interessei por esse cargo por conta do propósito da empresa. Ajudar pessoas é algo que me inspira bastante e poder fazer disso o meu trabalho é espetacular”, conta.

A área de tecnologia ainda é muito populada por homens e as dificuldades de preconceito e machismo estão enraizadas. “É muito chato precisar ficar mostrando que você é capaz só pelo fato de ser mulher! Infelizmente essa desigualdade ainda é bem grande e espero poder fazer parte de um movimento para abrir a mente das pessoas, para que reconheçam as habilidades pelo seu trabalho e não pelo gênero ou pela orientação sexual”, disse Larissa que tem o intuito de estimular mais mulheres a entrarem sem medo na profissão e buscarem seu espaço.

Além disso, a Vidia preza pela igualdade de oportunidades no time de gestão. Três das quatro lideranças de suas equipes são mulheres, a exemplo de Amanda Magalhães, que atua como Product Manager, outra carreira historicamente masculina. Ainda, no ano passado, Athila Lacerda de 28 anos e que faz parte da comunidade LGBTQIA+, ingressou na empresa para liderar o time de Operações e Parcerias. “Ao falar e ser ouvido, sinto que muitos outros que pertencem à comunidade LGBTQIA+ também desejam sentir o mesmo e serem reconhecidos pelas suas jornadas e experiências. Representatividade importa e continuará importando até que toda a desigualdade e preconceito sejam eliminados dos processos seletivos, das empresas e suas hierarquias e do mercado de trabalho como um todo. Hoje na Vidia me sinto honrado e seguro, mas já estive em outras empresas em que o desafio era extremamente maior”, revelou.

Para Athila, o grande propósito em ocupar esse espaço é trazer para seus colegas de trabalho, mesmo em regime de home-office, um ambiente seguro e que se sintam à vontade para expressar o que sentem e acreditam. O gestor ressalta ainda que é fundamental abrir espaço para dialogar, orientando outros profissionais que alguns padrões de comportamento impostos pela sociedade devem ser repensados. “Nordestino e gay não são títulos fáceis de se carregar quando o assunto é mercado de trabalho em São Paulo. Sempre tive que fazer mais do que os candidatos faziam e sempre mostrar minha capacidade em cada palavra e ato, e isso chega a ser desgastante, mas é gratificante olhar para trás e ver que ainda tenho muito para percorrer, mas que existe hoje um espaço aberto de oportunidade para um colega da comunidade”, conclui.

O objetivo da healthtech, que foi fundada em meio a pandemia, é criar uma cultura diversa e inclusiva independentemente de gênero, raça ou orientação sexual, permitindo que cada um seja protagonista da sua jornada profissional. O CEO Thiago Bonini comemora esse grande passo. “Estamos apenas começando, mas acredito que criar uma cultura inclusiva e diversa não é sobre caridade ou sobre promover a imagem da marca. Ela incentiva a inovação, a criatividade, melhora o clima organizacional e o mais importante: contribui para a evolução para uma sociedade mais justa.”

Sobre a Vidia

A Vidia é uma plataforma digital que conecta hospitais particulares com pacientes que necessitam de cirurgias eletivas, mas não possuem um plano de saúde. Seu propósito é dar acesso à saúde de qualidade de forma simples, rápida e sem burocracia. A plataforma é a primeira do País e contribui para a sustentabilidade do sistema de saúde, possibilitando que a capacidade ociosa do sistema privado seja usada em prol de quem precisa. Fundada por dois empreendedores do setor de tecnologia, Thiago Bonini e Eduardo Cerqueira, em 2020 a Vidia foi acelerada pela Eretz.Bio, do Hospital Albert Einstein, e foi a mais jovem entre as 12 participantes do programa Scale-Up Endeavor Healthtech.

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