Projeto do Instituto Senai utiliza leitura de QR Codes para gerar inventário atualizado em tempo real
Mesmo nos mais diferentes segmentos econômicos, o uso de drones para otimizar processos internos é cada vez mais comum no dia a dia das empresas. Assimilar essas tecnologias no cotidiano das operações pode impulsionar a eficiência de uma empresa e trazer mais praticidade e segurança em diversas áreas de uma organização — sobretudo no setor de logística.
“Com a transformação digital e a indústria 4.0, a necessidade de melhorar a produtividade e o controle em cadeias intralogísticas é muito importante para a nossa indústria”, explica o diretor da Unidade de Formação Profissional do Senai, Osvaldo Luiz Padovan. Buscando promover essas soluções tecnológicas e educacionais para o setor, o Instituto Senai de Tecnologia desenvolve projetos que sejam capazes de contribuir para toda a rede produtiva.
Exemplo da preocupação do Senai com as melhorias na indústria, o Instituto de São Caetano do Sul, em São Paulo, apresentou um recurso que impacta desde a gestão de armazenagem até o controle da expedição e do inventário de uma empresa. O Warehouse ou Inventário Digital é o levantamento de estoque automatizado e que integra informações de entrada e saída de produtos, atualizado em tempo real.
Através de um drone com uma câmera para leitura dos QR Codes padronizados e dispostos nas caixas, o aparelho se desloca pelo depósito captando esses dados sobre o inventário da empresa e disponibilizando-os para consulta em menor tempo. “Com a padronização da GS1 nos códigos, com o uso de um streaming de vídeo e conectividade conseguimos fazer o tratamento dessas imagens. Então algo que eu gastaria muito tempo utilizando papel, hoje podemos realizá-lo de forma muito mais dinâmica”, conta Gabrieli Gonçalves Silva, especialista em tecnologia e integrante da equipe de automação do Senai.
Realizar um bom gerenciamento do estoque automatizado pode economizar tempo e recursos, assim como aumentar a competitividade para toda a cadeia produtiva, podendo ser agregado nos mais diferentes setores econômicos. Para Gabrieli, desde antes da execução do projeto, ele deveria atender dois pontos: a viabilidade e a escalabilidade e, graças ao uso padronizado das informações, a iniciativa realizada pelo Senai conquistou esses critérios: “Além do uso da tecnologia, a GS1 possibilitou que nós atingíssemos esses dois pontos, além do auxílio técnico sobre qual seria o melhor padrão e quais informações poderiam ser disponibilizadas”.
Sobre a GS1 Brasil
A Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil) é uma organização multissetorial sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global. A entidade conta com cerca de 58 mil associados que representam 36% do PIB nacional e 12% dos empregos formais. Em todo o mundo, a GS1 é responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços (Código de Barras e EPC/RFID) e comunicação (EDI e GDSN) na cadeia de suprimentos. Além de estabelecer padrões de identificação de produtos e comunicação, a associação oferece serviços e soluções para as áreas de varejo, saúde, transporte e logística.