Os supermercados deixaram de distribuir 490 milhões de sacolinhas plásticas desde o início de abril, quando essas embalagens deixaram de ser usadas no Estado de São Paulo, segundo a Apas, associação do setor.
O número representa adesão de 90% das 1.200 redes (com 2.700 estabelecimentos) filiadas à Apas, de acordo com João Galassi, presidente da associação.
O dado foi divulgado ontem durante a 28ª feira do setor, que acontece em São Paulo até quinta-feira.
Os supermercados estimam crescer 4,5% acima da inflação neste ano sobre o resultado de 2011, quando o setor faturou R$ 224 bilhões.
O percentual reflete a média de crescimento, de acordo com pesquisa realizada com 500 supermercados de pequeno a grande portes.
"Os consumidores da nova classe média devem ditar as regras do consumo e sustentar esse desempenho em 2012", afirma Martinho Paiva Moreira, diretor de economia da associação.
CRÍTICAS
A Plastivida (Instituto Socioambiental dos Plásticos) contesta a adesão divulgada à campanha da Apas.
"A adesão nas grandes redes pode ser maior, mas muitos mercados de pequeno e médio portes ainda distribuem as sacolinhas, independentemente de serem ou não associados à Apas", afirma Miguel Bahiense, presidente da Plastivida.
Segundo ele, enquete com 455 consumidores na página "Recicle Ideias", mantida pela entidade no Facebook, mostra que 93% criticaram o banimento da sacolinha e 7% disseram ser favoráveis.