82% dos internautas pretendem comprar na Black Friday

Mais uma edição da Black Friday Brasil se aproxima e com ela vem a esperança dos varejistas brasileiros em conseguir fechar 2015 com saldo igual ou superior ao do ano passado. A data é aguardada como uma espécie de “salva-vidas” em um ano marcado pela desaceleração da economia, inflação crescente e registro de vendas menores nas principais datas comemorativas já vividas no ano. Assim, oferecer descontos agressivos pode ser uma boa saída.

Justamente para entender o que esperar desse cenário e a intenção de compras na ocasião o Opinion Box (www.opinionbox.com) – plataforma pioneira de pesquisa digital – e o portal Mundo do Marketing (www.mundodomarketing.com.br), apresentam em parceria os resultados da 2ª edição da pesquisa a respeito da Black Friday Brasil.

Realizada em todo o país por meio de entrevista online, a pesquisa foi feita com 1.226 consumidores com mais de 16 anos, de 414 cidades de todas as regiões do país. A pesquisa traz um panorama da experiência que os consumidores tiveram no ano passado e mostra quais são as perspectivas para a edição que acontece em 27 de novembro deste ano. Os dados apontam que ao longo dos anos os brasileiros estão se permitindo experimentar esse novo modelo. Em 2014, 76% dos entrevistados afirmaram que já pretendiam aproveitar as promoções – neste ano, esse percentual pulou para 82%.

O ticket médio, de acordo com o levantamento do estudo, não deve ser tão baixo: 18% pretendem gastar acima de R$ 400,00 e 38% mencionaram que devem gastar mais de R$ 500,00. A forma de pagamento também deve animar os lojistas: 58% acreditam que vão pagar suas compras à vista, sendo que 26% vão utilizar cartão de débito, 23% o boleto à vista e 9% o cartão de crédito à vista. Já 41% pretendem comprar com cartão de crédito parcelado sem juros.

O valor do produto será determinante no momento da aquisição: 60% dos entrevistados afirmaram que vão comprar onde encontrarem o melhor preço, independentemente se já compraram ou não no estabelecimento. As lojas onde já compram com recorrência foram apontadas por 30% dos respondentes e o envio de ofertas será relevante apenas para 10% dos entrevistados. Ou seja, não adianta investir em e-mail marketing se as ofertas não forem realmente boas.

Assim como nos anos anteriores, os artigos eletrônicos dominam as listas de desejos (64%), seguido por eletrodomésticos (50%), informática (43%) e roupas e acessórios (37%). Apenas 10% das pessoas indicaram que vão buscar ofertas relacionadas a viagens e turismo e 18% vão apostar na aquisição de livros e assinatura de jornais ou revistas – os dois setores registraram quedas consideráveis na intenção de compras.

Comportamento semelhante às das outras edições da Black Friday Brasil, os brasileiros seguem desejando fazer a compra ideal. Por isso, 54% disseram que querem frete grátis e com entrega ágil. Apenas 23% das pessoas não veem problema em esperar mais um pouco para receber sua compra desde que o desconto seja vantajoso e a entrega gratuita e só 4% dos entrevistados estão abertos a pagar um pouco mais pelo frete para receber o produto mais rápido. “Ou seja, as ofertas de entrega gratuita aplicadas por muitos sites quando a Black Friday começou a ser praticada por aqui educou os brasileiros a não quererem arcar com este serviço”, avalia Felipe Schepers, COO do Opinion Box.

Outro aspecto interessante da pesquisa é entender que a cada ano a Black Friday Brasil atrai mais consumidores: 83% das pessoas que compraram no ano passado viram vantagens na data promocional e 1/3 não teve qualquer problema com as suas compras. Porém, ainda há uma parcela significativa da população que ainda pode ser conquistada, uma vez que 44% dos respondentes afirmaram nunca ter aproveitado as ofertas anunciadas pelas lojas na data.

Outra boa notícia tem relação com o índice de pessoas que tiveram problemas, que de acordo com a pesquisa, diminuiu: passou de 58%, em 2013, para 39%, no ano passado. Essa experiência reforça que os problemas muito comentados nas primeiras edições estão sendo solucionados pelos e-commerces. Entre os que compraram em 2014, 16% das pessoas identificaram que o desconto não era representativo em comparação ao valor real; 13% não conseguiram acesso ao site; a falta de disponibilidade do produto foi percebida por 10% dos entrevistados e apenas 5% reclamaram que a entrega foi feita muito após ao prazo estipulado.

“Esses dados são interessantes, pois mostram que as campanhas que as empresas estão fazendo para tornar a Black Friday mais relevante no Brasil estão tendo efeito. Analisando os últimos anos, percebemos um aumento de quase 50% no número de pessoas que passaram a aproveitar esse período. As marcas estão aprendendo a trabalhar a promoção, o consumidor está experimentando mais e essa relação está sendo positiva para os dois lados”, comenta Scheppers.

Ainda assim, a Black Friday no Brasil ainda tem a desconfiança de muitos consumidores: 74% dos participantes da pesquisa acreditam que a data seja melhor nos EUA e 34% acham que as lojas aumentam os preços dos produtos previamente para baixar depois. Entre os 18% da população que não querem aproveitar a data, 42% justificaram que desconfiam dos descontos, 32% disseram que vão esperar a promoção de Natal e apenas 11% dizem que não vão comprar por falta de dinheiro.

“Diante de todos esses dados, cremos que o ideal é que os executivos e proprietários de e-commerces façam uma boa revisão de processos, chequem as ações de marketing planejadas para a data, adequem o que for necessário e deixem tudo bem esquematizado, inclusive as ações para o caso de problemas, para aproveitar ao máximo a ocasião”, finaliza o executivo da Opinion Box.

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