Quando os desenvolvedores de software Eduardo Mineo e Rafael Molina notaram a crescente procura de consumidores na internet por brechós on-line, enxergaram na demanda uma boa oportunidade de negócio: criaram este mês o portal de vendas Alameda Brechó.
O lançamento não foi tarefa fácil para os novos empreendedores. Pesquisas de mercado e de desenvolvimento levaram mais de um ano e meio, segundo eles. "Mapeamos cerca de 2.000 blogs relacionados à temática de brechós, a maioria dispersa pela rede e sem nenhum tipo de conexão", explica Mineo.
A ideia da empresa, na avaliação Molina, é servir com uma estante virtual para brechós on-line, disponibilizando espaço para o vendedor montar sua loja na web sem intermediações. "Não cobramos comissão de vendas, apenas o aluguel do espaço", explica Molina.
DIVULGAÇÃO
Para o consultor de comércio eletrônico Dailton Felipini, apesar da flexibilidade e do retorno financeiro proporcionados pelo comércio eletrônico, a sobrevivência de uma empresa exige plano estratégico de negócios.
"É necessário, por exemplo, divulgação na rede, seja por meio de mídias sociais seja por anúncios eletrônicos. Afinal, [um empreendimento virtual] não é a mesma coisa que uma loja física, onde os clientes passam e entram para comprar", opina Felipini.
Apostar na propaganda como diferencial competitivo foi estratégia utilizada pela gaúcha Roberta Würzius para alavancas as vendas do seu brechó virtual European Brechó.
Para vender seus produtos, Würzius, que também é modelo, publicou fotos dela mesma vestindo roupas trazidas de um período em que morou em Londres, na Inglaterra. "Como na internet as pessoas geralmente se escondem atrás de uma identidade virtual, minhas fotos foram um diferencial", destaca Würzius, que vende 80% de suas roupas e acessórios para internautas de São Paulo e do Rio de Janeiro.