Carros importados somem das revendedoras

A corrida de consumidores às concessionárias de modelos importados atrás das últimas unidades antes do aumento do IPI esgotou o estoque de algumas delas. Desde o anúncio da medida que elevou o imposto para carros estrangeiros em 30 pontos porcentuais, a maioria das importadoras presentes no País deixou de faturar novos veículos.

Das 15 revendas consultadas pela reportagem das marcas mais vendidas sem fábrica no Brasil (BMW, Chery, Effa, Hyundai, Jac e Kia), as quatro da Kia são as mais afetadas pela falta de produtos.

Na Autostar, da zona sul, por exemplo, não há mais Picanto, Cerato e Sportage. "Restaram apenas alguns Soul", disse um vendedor. Na Comart, no centro, havia apenas um Cerato no estoque. "Houve uma enorme procura e não havia como atender. Não sabemos quando os carros voltarão a ser entregues e por qual preço", desabafou um vendedor da loja.

A questão foi agravada pelo avanço das vendas da Kia no País, que somaram 9.054 unidades em setembro, uma alta de 32,9% ante agosto. A média mensal de emplacamentos no acumulado do ano é de 6,5 mil veículos.

Por meio de nota, a empresa informa que tem 4,2 mil veículos em estoque no País, que serão vendidos pela tabela antiga. Para o próximo faturamento, que está previsto para ocorrer na semana que vem, haverá reajustes.

Segundo o presidente da associação dos distribuidores Kia, Rubens Carvalho, a marca está procurando uma solução que atenda tanto à rede quanto à importadora e à fabricante.

Também faltam produtos em autorizadas da BMW e Hyundai. Na loja da marca alemã na Vila Mariana, zona sul, há apenas duas unidades do X1, modelo mais vendido da empresa.

Nas revendas Hyundai, o recém-lançado Veloster está praticamente esgotado. "Das 1,6 mil unidades que vieram, há apenas 60 para a cidade de São Paulo", disse um vendedor da autorizada do Ipiranga, na zona sul. "Não temos nenhum e quem quiser terá que espera 30 dias."
Das chinesas Chery, Effa e Jac ainda há bom estoque nas lojas.
 

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