Pesquisa revela que o consumidor brasileiro contemporâneo busca valores humanos e democráticos nos produtos e serviços
O consumidor brasileiro contemporâneo busca valores humanos nas marcas e tem a expectativa de construir um relacionamento pautado pela transparência, honestidade, confiança, integridade, respeito e ética. O que permeia e complementa esse anseio é a tendêndia brandtocracies (democraria das marcas). A expectativa é de que as marcas sejam principalmente amigáveis e honestas. Contudo, 62% dos entrevistados mostram insatisfação ao afirmar que falta honestidade às marcas. Essas são algumas das conclusões da pesquisa inédita Brand ID, desenvolvida pela Voltage e Bridge Research – agência produtora de insights aplicáveis ao negócio; e empresa de pesquisa de mercado com foco na prestação de serviços de inteligência na área de tecnologia, respectivamente.
Inspirada no estudo inglês Brand Personality, conduzido pelo portal britânico The Future Laboratory, Brand ID traz um mapeamento completo da percepção que os brasileiros têm das marcas nacionais e internacionais de diversos segmentos, conciliando pesquisas quantitativas e qualitativas. A pesquisa une dados sobre a percepção do consumidor contemporâneo – com um levantamento quantitativo – e projeta o futuro por meio de análises qualitativas de influenciadores e experts. Concluída em setembro de 2010, Brand ID contou com 1.200 entrevistas realizadas nas capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife e Brasília) com brasileiros das classes A (5%), B (38%) e C (57%) – sendo 60% de mulheres e 40% homens.
As questões formuladas foram elaboradas para coletar informações precisas sobre a personalidade das marcas, o comportamento do consumidor, avaliação das marcas em alguns segmentos (instituição financeira, varejo/lojas, tecnologia e telecom) e atitudes do consumidor. Um dos destaques da pesquisa brasileira está na detecção da tendência global brandtocracies (democracia das marcas), que representa uma nova forma de o consumidor se relacionar com marcas, produtos e serviços. “O consumidor brasileiro dá sinais inequívocos do desejo que nutre por uma relação pautada pela transparência, comunicação e colaboração. Cabe notar que embora a brandtocracies seja uma tendência mundial e com origem na própria evolução sociocultural do ser humano, no Brasil há particularidades em sua manifestação; características próprias que são determinantes para uma mudança nas relações de consumo do futuro”, analisa Paulo Al-Assal, diretor-geral da Voltage e um dos principais especialistas nacionais em tendências e insights aplicáveis ao negócio.
A pesquisa mostra diferenças interessantes entre o consumidor brasileiro e o europeu. Para a questão “o que mais inflencia na decisão de compra”, 51% dos entrevistados no Brasil responderam que é a “relação custo-benefício dos produtos”. Entre os europeus, esse percentual sobre para 81%, reflexo da crise financeira internacional. Vale destacar que não se trata de um custo alto ou baixo, mas do valor agregado à compra. O segundo quesito que mais influencia a decisão, para os brasileiros é que a marca seja “ética, ambiental e socialmente responsável”, característica priorizada por apenas 12% dos entrevistados na Europa. “Esse é um dado realmente surpreendente”, destaca Paulo Al-Assal.
A pesquisa revela que o consumidor brasileiro busca valores humanos nas marcas, da mesma forma como busca estreitar o relacionamento com as pessoas que fazem parte do cotidiano. Do total de entrevistados, 45% esperam que as marcas sejam “amigas”. E buscam informações sobre as marcas principalmente entre as pessoas em que mais confiam, “amigos e parentes”: 70%.
E que importância têm as marcas na vida diária das pessoas? Na resposta a essa pergunta, associada ao comportamento do consumidor em geral, 52% afirmaram: “sou neutro em relação às marcas. Elas não ajudam nem prejudicam minhas decisões no dia a dia”. “Isso significa que para mais da metade dos brasileiros as marcas não são tão importantes quanto achamos que são”, diz Paulo Al-Assal. Os temas que têm maior valor na vida diária das pessoas são a saúde da família e o bem-estar, as mudanças climáticas, emprego e valores da comunidade.
A pesquisa indica que, no período pós-crise em que vive o mundo hoje, muitos valores estão sendo repensados: 31% dos brasileiros se tornaram mais conscientes das coisas que realmente os fazem felizes – amigos, família, coisas simples; 28% ficaram mais tolerantes com as diferenças; e 24% se dizem mais abertos em relação às pessoas.
A pesquisa fez uma avaliação das marcas para saber quais são as mais admiradas e quais possuem mais valores humanos, em diversos segmentos: instituição financeira (bancos e cartões de crédito), varejo/lojas (eletrodomésticos, eletroeletrônicos, têxteis e supermercados) e tecnologia/telecom (telefonia fixa e móvel, banda larga e tevê por assinatura). O que mais se destacou nessa avaliação foi o fato de que 53% acreditam que os valores humanos não estão expressos nas marcas em geral.
Na média, o melhor desempenho é o das instituições financeiras – 17% dos entrevistados citaram que algumas marcas do setor possuem essa característica contra 14% (varejo/lojas) e 15% (tecnologia/telecom). “Os dados não indicam um bom desempenho dos bancos e empresas de cartões. Na verdade, apontam que têm porcentagens mais altas entre os setores analisados. Embora estejam no caminho certo quando comparados com os demais segmentos, ainda são índices muito baixos; inferiores às expectativas dos consumidores. Há muita oportunidade de melhoria e de humanização nesse atendimento ao cliente”, salienta o executivo, acrescentando que os brasileiros buscam nas marcas os mesmos valores que esperam encontrar nos parentes e pessoas queridas – cumplicidade, integridade e honestidade, entre outras.
“A lógica do novo consumidor é a mesma da internet; pede troca, abertura ao diálogo, participação na vida, follow constante; pede para manter a marca no centro, não no topo. Os investimentos devem se pautar pela conversação, colaboração, criatividade. As marcas devem conquistar o consumidor com conversas verdadeiras, relação próxima e transparente”, sugere o especialista.
Destaques da pesquisa qualitativa
A pesquisa qualitativa foi composta por 20 trend creators (grupo de jovens que integra o Voltage Ville e que têm alto poder influenciador e crítico) e disseminatiors (pessoas que disseminam as tendências, influenciando a massa); e com a consultoria de quatro experts internacionais – Gerd Leonhard, um dos principais “futuristas de mídia”, estudioso da era digital; David Smith, CEO da Global Future and Foresight (GFF); Jonathan MacDonald, cofundador da consultoria This Fluid World, diretor-geral da JMA e um dos maiores nomes do branding mundial; e Paulo Vischi, designer gráfico e estrategista de marcas, diretor de Estratégia de Marca e Branding da Be Consulting – Estratégia de Marca.
Segundo Paulo Al-Assal, a pesquisa qualitativa revelou inputs da nova relação do brasileiro com as marcas, associando-as a personagens da vida contemporânea. “Há citações definindo as marcas como agentes do mundo pós-moderno, como um sobrenome. Ao atribuir essa faceta humana às marcas, naturalmente o consumidor exige que elas se portem e se expressem como pessoas. Da mesma forma como somos atraídos por pessoas com lifestyle que nos seduz, indivíduos com personalidade marcante, valorizamos marcas que tenham esse conceito permeando a atuação”, afirma Al- Assal, acrescentando que pessoas e países – como a Lady Gaga e o Brasil – são apontados como marcas, o que mostra a percepção de múltiplas associações e uso para as marcas.
A forma de se comunicar foi apontada pelos participantes da pesquisa qualitativa como essencial na construção do relacionamento. As campanhas mais destacadas, por exemplo, são as que unem a exposição da marca a um objetivo maior como a conscientização do consumidor para questões socioambientais. A ideia que permeia essa valorização é que ao atuar como “agente do mundo”, as marcas passam a contribuir com a coletividade. Em contrapartida, as que ignoram a necessidade de manter a fluidez na relação – e a necessidade de pertencer e cuidar dos interesses coletivos – estão fora do cotidiano dos influenciadores, ou seja, dos consumidores com real capacidade de influenciar um número expressivo de pessoas.
No tocante à propaganda, há uma clara mensagem: deve evoluir, pois está sendo constantemente associada a algo vazio de significado, desprovido de transparência. Nesse contexto, as marcas passam a chamar a atenção por aspectos negativos, pois comunicam positivamente as promessas, mas não as cumprem. “Essas propagandas passam a habitar a esfera do discurso, o que gera um afastamento. Não por acaso, poucas pessoas dizem amar determinada marca. Ou seja, embora haja o desejo de manter uma relação humana com as marcas, o amor é destinado a amigos, familiares e pessoas próximas. Aliás, os disseminadores de tendências acreditam que as pessoas que declaram amor às marcas são desconectadas da realidade”, afirma o executivo.
Autêntica, amiga, preocupada com o design, sustentável e simples foram as palavras mais usadas para designar o que esperam das marcas – atributos que mostram que a aderência transcende o apelo comercial. Ao mesmo tempo que os “valores humanos” – transparência, honestidade, confiança, integridade, respeito, ética e responsabilidade social – são eleitos como aspiracionais, os influenciadores afirmam que compõem o básico do que uma marca deve ter. Na essência, o que determinará a conquista da fidelidade à marca é a capacidade de despertar paixão pela vida; ser viva e conectada; ser relevante. “As redes sociais inverteram o eixo de poder, transferindo-o para as mãos do receptor, ou seja, para as pessoas. O emissor, meios de comunicação da marca, perdeu o poder, pois conta com um interlocutor mais crítico, dono de mais informação e mais livre para decidir”, define Al-Assal, acrescentando que se trata da democracia permeada de humanização, dinamismo, sinceridade e rapidez – a tendência designada brandtocracies.
Diante desse novo consumidor, os insights para conquistá-los, na opinião de Paulo Al-Assal, são:
– as marcas precisam ser democráticas;
– as marcas precisam ter participação cultural e social na vida das pessoas;
– menos é cada vez mais, pois o que vale é a essência;
– fuga do consumismo tradicional para produtos mais democráticos;
– engajar parceiros, fornecedores, consumidores e concorrentes.
Destaques da pesquisa quantitativa
Influências e decisão de compra
Quando questionados sobre o que mais influenciará, em 2011, a decisão de compra de produto ou serviço, 51% dos entrevistados afirmaram que o custo-benefício será determinante, ou seja, os consumidores esperam desfrutar o máximo de benefícios com os recursos financeiros disponíveis. “Esse dado revela que não se trata de uma questão de custo alto ou baixo, mas do valor agregado à compra. Questões como durabilidade e qualidade permeiam a decisão de compra dessa parcela de brasileiros”, comenta Al-Assal. Desses consumidores preocupados em analisar se de fato a aquisição de itens da marca equivale ao custo, 48% são da classe C contra 56% e 54% das classes A e B, respectivamente. Na análise regional, a pesquisa revela que os consumidores de Porto Alegre, Brasília e São Paulo são os que mais valorizam o item: 75%, 65% e 57%, respectivamente. O comparativo dos resultados da Brand ID com a pesquisa inglesa mostra que o índice dos britânicos é superior ao nacional, 82%. “A leitura que fazemos é que a crise realmente afetou a relação que os ingleses têm com as marcas”.
A associação da marca com questões éticas e socioambientais é fator de decisão para 27% dos consumidores entrevistados, dos quais 28% pertencem à classe C contra 24% e 27% das classes A e B, respectivamente. Os cariocas são os que mais valorizam o comportamento socialmente responsável das marcas: 48% contra 22% dos paulistanos. O foco em ações comunitárias devem determinar a escolha de 16% dos entrevistados – sendo 16% (A), 12% (B) e 18% (C). Na análise desse item, destaque para os consumidores do Rio de Janeiro e Recife: 22% e 15%, respectivamente, que são influenciados por marcas associadas a iniciativas em prol da coletividade. Na pesquisa, há uma parcela de 7% que serão conquistados por marcas e serviços diferenciados e exclusivos; aqueles que melhor representam o “aspiracional” que permeia a compra. Ao contrário do que pode parecer, os consumidores que mais valorizam a exclusividade não são em maioria da classe A (4%), mas das classes B (7%) e C (7%). Recifenses (15%) e brasilienses (10%) são os mais influenciados pela questão.
O que os brasileiros esperam das marcas?
Cerca de 45% dos brasileiros entrevistados esperam que as marcas sejam amigas – em São Paulo e Recife esse índice sobe para 51%; no Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília para 45%. Em segundo lugar na lista de expectativas desponta a economia propiciada, ou seja, 42% esperam que as marcas apresentem excelente custo-benefício; 30% e 28% apontam as palavras pessoais e autênticas, respectivamente. Esses índices são ainda mais altos entre a classe A: 51%, 44%, 34% e 43%, respectivamente. Os gaúchos são os que mais valorizam o atributo economia: 46% a associam com o que mais esperam das marcas, seguidos dos recifenses e paulistanos, ambos com 44%. Na sequência, as características mais citadas são sustentável (24%), personalizada (24%), simplicidade (22%), globalizada (20%), preocupada com design (17%) e local/regional (15%). A valorização de marcas regionais é mais significativa entre os consumidores de Porto Alegre (16%), São Paulo (15%) e Recife (15%); o índice é de 13% dos cariocas e brasilienses.
Segundo Paulo Al-Assal, os consumidores brasileiros estão insatisfeitos com as marcas e manifestaram essa contrariedade ao responder quais são os atributos que mais faltam às marcas. Na percepção dos entrevistados, as marcas carecem de honestidade (62%); transparência (39%); confiança (36%); integridade (30%); respeito (24%); igualdade/senso de justiça (20%); humildade (18%); decência (17%) e compaixão (8%). A honestidade é, na opinião de 66% da classe C e 65% da A, o que mais falta. A análise regional mostra que os consumidores de Recife (71%) e de São Paulo (64%) são os que mais se recentem. “O consumidor brasileiro quer construir uma nova relação com as marcas; uma relação que seja baseada em conceitos como falar a verdade. Quando cita a falta de honestidade, o consumidor deixa muito claro o seu grau de insatisfação”, detalha Al-Assal.
Associada à percepção de que falta honestidade às marcas, ao responder quem mais exerce influência quando não possui uma opinião formada, 83% apontaram amigos e parentes e 34% os colegas de trabalho – uma clara alusão à confiança. Nas demais respostas, 32% apontaram a tevê; 27% os sites de notícia; 21% jornais e revistas; 19% as rádios; 7% as redes sociais (MySpace, Facebook, Orkut e Twitter); e 4% blogs.
As principais fontes de informação sobre finanças pessoais são para 69% dos entrevistados os amigos; em segundo lugar, os colegas de trabalho, escola e faculdade (35%); e gerente do banco (30%). A internet é a preferida de 19%; programas de tevê por 16%; consultores financeiros por 16%; sites relacionados à finanças por 10% e jornais e revistas por 9%. Blogs de acompanhamento financeiro aparecem como a última opção – foram apontados apenas por 3% dos entrevistados. Os recifenses são os que mais citaram os amigos (88%); os brasilienses são os que mais consultam os blogs entre os entrevistados – 10% contra a média geral que é de 3%. Em Porto Alegre os blogs nem foram citados.
Inversão de valores
Construída a partir de afirmativas – e de possíveis adesão dos entrevistados a frases específicas – a pesquisa revela qual a “emoção” que as marcas despertam nos consumidores nacionais. A frase “as marcas desempenham um papel cada vez mais importante na minha vida” representa a percepção de 31% dos entrevistados (27% da classe A), sendo 55% de Brasília; 38% de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre (cada); e 25% de Recife. A afirmação “sou neutra em relação às marcas; elas não ajudam nem prejudicam minhas decisões cotidianas” representam o sentimento da maioria dos entrevistados, 52%; 18% são categóricos ao afirmar que “as marcas desempenham um papel cada vez menos importante”. Se as marcas não têm um papel de destaque no cotidiano, quais serão os temas que mais devem despertar o interesse do consumidor, em 2011? Na escala de interesses despontam saúde da família e bem-estar (31%), o tema de maior interesse para 57% dos gaúchos; mudanças climáticas/aquecimento global (14%); e emprego para a população (12%). Valores da comunidade e ética na política têm a preferência de 12% e 8%, respectivamente.
No ranking dos temas de devem interessar menos, a vida das celebridades ocupa a primeira posição na opinião de 38%, seguida de ética na política (19%) e valores da comunidade (12%). “Esse resultado mostra que os brasileiros estão revendo valores e questionando as futilidades”, afirma o executivo.
Hábitos de consumo & crise econômica mundial
Como a crise mundial afetou a percepção e os hábitos de compra do brasileiro? Para responder à pergunta, Brand ID apresentou uma série de afirmações e solicitou aos entrevistados que apontassem com quais mais se identificavam.
“Eu me tornei mais consciente das coisas que realmente me fazem feliz (amigos, família e coisas simples da vida)”: 31% dos entrevistados se identificam com a afirmativa, sendo 25%, 34% e 30% das classes A, B e C, respectivamente. Os consumidores de São Paulo são os que mais passaram a valorizar a família (35%), seguidos de Brasília (34%).
“Eu me tornei mais tolerante com as diferenças”: 28%, sendo que os maiores índices são os dos cariocas (29%) e paulistanos (25%).
“Eu me tornei menos receoso e mais aberto em relação às pessoas”: 24%, sendo 28%, 25% e 23% das classes A, B e C, respectivamente.
Segundo Paulo Al-Assal, as respostas reforçam a tendência de rever valores. “Podemos observar que 31% dos entrevistados se tornaram mais conscientes dos vetores de felicidade pessoal; 28% ficaram mais tolerantes com as diferenças e 24% mais abertos em relação às pessoas. Nota-se que se a percepção e os valores mudaram, certamente a forma de se relacionar com o consumo sofrerá alterações”, defende o especialista em tendências.
O que preocupa o brasileiro?
Segurança e estabilidade são as palavras que melhor definem o que tira o sono dos brasileiros. Manter o emprego preocupa 59% na média geral; entre a classe C esse índice sobe para 64%. A segurança dos filhos preocupa 46% dos entrevistados, sobretudo os da classe A (53%); permanecer saudável (42%) e o sustento pós-aposentadoria preocupam 42% e 27%, respectivamente.
Brasileiros & percepção das marcas
Questionados sobre o que a marca preferida oferece de melhor, os consumidores enumeraram, em primeiro lugar no ranking, os atributos: excelente custo-benefício (44%); bons valores socioambientais (12%); variedade de produtos (11%); serviço amigável (9%); e serviço de pós-venda adequado (4%). A análise regional desse ranking, aponta que os consumidores de Recife (54%); São Paulo (53%); Brasília (49%); Porto Alegre (42%); e Rio de Janeiro (21%) valorizam prioritariamente o custo-benefício oferecido pela marca de preferência. Em segundo lugar no ranking, o grupo de atributos que se destaca é: variedade de produtos (15%); serviço amigável (13%); custo-benefício (13%); bons valores socioambientais (9%); e serviço de pós-venda adequado (8%). Na terceira posição, variedade de produtos (10%); bons valores socioambientais (9%); custo-benefício (8%); senso de tradição da marca (8%); e serviço de pós-venda adequado.
Quais são as principais fontes de informação aprofundadas sobre a marca? Para 70% dos entrevistados, os amigos e parentes são as principais fontes; para 38% a tevê e o rádio. Os entrevistados das classes A e C – 71% e 70%, respectivamente – são os mais influenciados pela opinião de amigos e parentes; os recifenses (88%), cariocas (70%) e paulistanos (70%) são os que mais valorizam a opinião do ciclo de parentes e amigos. Na sequência, os instrumentos de informação são jornais, revistas e meios de comunicação impressos (27%); sites de busca (25%); colegas de trabalho (18%); propaganda/publicidade (14%); sites de comparação de preços (8%); blogs especializados (6%); órgãos/profissionais do setor (6%); e torpedos (3%).
Entre as características que o consumidor brasileiro mais associa às marcas estão os atributos cara (19%), útil (19%) e acessível (19%), sendo que as classes A e B – 20% de cada – citam a palavra cara como a mais representativa. Entre os atributos que menos associa às marcas, destacam-se cara (19%); enganosa (15%); arrogante (7%); individualista/egoista (7%); útil (5%); e acessível (6%).
Quais são os sonhos dos brasileiros?
Conquistar a casa própria permanece no topo da lista de desejos do brasileiro (43%), especialmente entre a classe C (48%), seguido da classe B (37%). Os demais sonhos são “ser alguém na vida” (17%); “ser mais espiritual” (9%); “desistir de tudo e viver a boa vida no campo” (8%) – entre os britânicos esse índice é de 30% –; “testar meus limites pessoais” (8%); “escolher um caminho diferente” (7%); e “trocar de parceiro” (2%). Ao questionar sobre quais são os produtos e tecnologias necessárias para viver confortavelmente, 72% dos entrevistados apontaram as tevês de tela plana, LCD, plasma e LED como principal item associado ao conforto, sendo 76% (classe A), 72% (classes B e C, cada uma). O aparelho celular é apontado por 67%; tevê por assinatura por 61%; telefone fixo por 57%; notebook por 56%; internet (banda larga e sem fio) por 55%; home theater por 40%; MP3 player por 34%; videogame (Xbox, Wii, Playstation 3) por 33%; e aparelho celular com conexão 3G por 28%.
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