A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) avalia como baixo o crescimento do comércio varejista de 1,5% em relação ao mês de junho ante maio de 2012, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (16/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em uma análise mais detalhada, mesmo sem compor o índice restrito, o dado reflete um crescimento pujante justamente nos setores de veículos e motos (16,4%) e de móveis e eletrodomésticos (5,3%), ambos beneficiados pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), em vigor desde maio deste ano. Por outro lado, as atividades de vestuário e calçados e de supermercados cresceram somente 0,4% e 0,7%, respectivamente.
Na avaliação do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Jr., apesar de se tratar de um resultado positivo, o crescimento nos setores de automóveis e de móveis e eletrodomésticos causa retração em demais segmentos. “É natural que os produtos disponibilizados pelo mercado concorram entre si. O consumidor que compromete a renda com a compra de um carro certamente deixa de consumir outras mercadorias”, explica Pellizzaro.
No entanto, para o representante dos dirigentes lojistas, as demais atividades também devem ser levadas em consideração. “Neste momento o governo precisa propor medidas de desoneração para demais setores da Economia”, ponderou.