Dia das Mães terá vendas abaixo do esperado, diz Provar

O Dia das Mães e o Dia dos Namorados terão vendas abaixo do esperado neste ano, avalia o presidente do conselho do Programa de Administração do Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA), Claudio Felisoni de Angelo. Segundo ele, é necessário ampliar iniciativas que estimulem o consumo para que os brasileiros aumentem o volume de compras. "As condições de consumo são favoráveis, mas indústria, governo e consumidores não estão preparados para isso. Sem preparo, o consumidor compra e para, compra e para, o que faz as pesquisas apontarem para picos de alta, seguidos de estabilidade nas vendas", disse.

Claudio Felisoni acredita que o governo terá de lançar medidas adicionais de incentivo ao consumo para que as vendas retomem um patamar melhor. "Precisamos de mudanças estruturais mais amplas, o que o governo tem feito é dar apenas algumas condições melhores. Mas não soluciona problemas", acredita.

De acordo com Pesquisa Trimestral de Intenção de Compra no Varejo divulgada hoje pelo Provar, a inadimplência deve atingir o maior pico em maio desde o final de 2009. A estimativa é de que no mês que vem a inadimplência atinja 8,1%. Já em junho, espera-se uma leve redução para 7,9%.

"É recomendado que sejam viabilizadas ações para incentivar o consumo pois há uma retração significativa das vendas até o final do primeiro semestre, quando a inadimplência deverá manifestar sinais de arrefecimento", disse Felisoni.

Segundo presidente do conselho do Provar, o varejo se tornou mais cuidadoso na hora de conceder crédito para evitar a inadimplência. "Os bancos querem financiar, mas a inadimplência crescente inibe o aumento de concessões", avalia.

A intenção de utilização de crédito para compra de automóveis, por exemplo, caiu de 93,6% no primeiro trimestre para 78,6% no segundo. No começo do segundo trimestre de 2011, a intenção de financiamento de veículos era de 87,1%, de acordo com pesquisa do Provar. Outro setor que mostrou forte retração nas intenções de crédito foi o varejo de material de construção, para 60%, ante 75,5% no primeiro trimestre e 83,3% no segundo trimestre de 2011.

Por outro lado, as intenções de financiamento a eletrônicos aumentaram de 71,4% no primeiro trimestre deste ano para 77,8% no segundo trimestre. No segundo trimestre de 2011, esse índice era de 71,7%.

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