O varejo decidiu repassar o aumento de preço dos produtos da linha branca, que foi estipulado pelos fabricantes. O repasse deve acontecer a partir de agosto. Desde abril, os fabricantes de eletrodomésticos tentam insistentemente entrar em acordo com as redes de varejo, para repor o aumento de custos com mão de obra e matérias-primas, como aço e plástico. Mas a desaceleração das vendas, no primeiro semestre, deu argumento aos varejistas, para segurar o repasse durante todo esse tempo. Agora, chegou o momento de renovar os estoques e absorver a alta de preços.
É possível que o valor desse produtos cresça em torno de 5% e 9%. Não há uma cifra fechada, porque o aumento foi discutido pela indústria de varejista a varejista, produto a produto.
Mercado
A consultoria GfK, que mede a demanda por eletrodomésticos nos pontos de venda, previa para a linha branca um crescimento de 8% a 10% em 2011. Mas, de janeiro a maio (período que engloba o Dia das Mães, segunda melhor data para o varejo de linha branca, depois do Natal), o aumento foi de 5,6% no faturamento. Segundo o consultor Oliver Römerscheidt, nos cinco primeiros meses do ano, a venda das duas categorias com maior presença nos lares brasileiros – fogão e geladeira – caíram, respectivamente, 4,2% e 3,1% sobre o mesmo período de 2010. Já as lavadoras deram um salto: 21,9%. "É um mercado com crescimento orgânico. A penetração da lavadora ainda é muito baixa no País, em torno de 45%", diz Römerscheidt.