06|12|2011
Mídias sociais não são unicamente “vitrines” para as empresas. Elas devem ser um potencial enorme e direto de se efetivar um monitoramento do mercado, do cliente e da marca. As redes sociais constituem um tipo de relacionamento nunca possibilitado antes.
As maiores realizações empresariais não são alcançadas por impulso, ao contrário, são atingidas por um planejamento com sérias ações conjuntas que de alguma forma se harmonizam. Por que seria diferente com as ações de mídias sociais? O tempo demonstrará às empresas de todos os segmentos, até mesmo as B2B’s que as mídias sociais precisam fazer parte dessas ações.
A facilidade de se entrar no “mundo” de mídia social, a falta de entendimento sobre um assunto tão novo e a negligência de sua importância fazem com que as empresas não façam um planejamento ordenado, ou simplesmente posterguem estudos e investimentos.
Um ponto primordial das Redes é o “CRM social” que se estabelece. Uma estratégia, que mesmo a longo prazo, trará transparência, influência e acessibilidade na relação com o cliente. As empresas que ignorarem esta existência, talvez não hoje, mas um dia sentirão as conseqüências. Terão perdido o timing de ter feito ou descoberto grandes ideias por parte de seus maiores valores: seus clientes.
Os atuais profissionais de marketing, TI e recursos humanos, por mais que não saibam por completo ainda utilizar essas ferramentas, compreendem sua importância, e a grande maioria está buscando evolução sobre o assunto. As mídias sociais tem um poder incomensurável em ligar e ajudar todos os conteúdos essenciais do marketing com uma velocidade nunca antes permitida. Branding, relações públicas, e-commerce, endomarketing, CRM, vendas, publicidade, ou seja, sempre soubemos e estimamos a importância do “marketing boca a boca”, será que a mídia social não é um progresso e maximização desta ferramenta?
Não foi “do nada” que Google comprou YouTube; LinkIn abriu seu escritório no Brasil; Facebook, em população, é a terceira maior nação no mundo; algumas Universidades americanas já pararam de distribuir contas de e-mails; se a Wikipédia fosse um livro, teria quase 3 milhões de páginas; mais de 80% dos consumidores online acreditam nas avaliações de mídias sociais, enquanto nem 15% depositam esta credibilidade em propaganda; mais de três mil fotos são inseridas no Flickr por minuto; e 2 bilhões de vídeos são vistos no Youtube por dia!
Pois bem, a mídia social virou mais uma característica de inteligência de mercado, mensurável, qualitativo e estratégico. Portanto não é vergonha para qualquer empresa começar a pequenos passos. Inicia-se com um monitoramento, consequentemente avançando para melhorias de estratégias desenvolvendo campanhas e desmembrando interatividade entre clientes, estabelecendo o conceito de comunicação dupla, “two-ways” e quebrando este muro de pessoa física X pessoa jurídica.
Talvez soe muito acadêmico, mas estamos diante de estudos aprofundados e específicos de sociologia, comunicação e antropologia mixados a finanças, economia e política focados primordialmente em que as mídias sociais promoverão. Como dizia São Francisco de Assis, “comece a fazer o que é necessário, depois faça o que é possível, de repente, você estará fazendo o impossível.”
André Monteiro é Gerente Geral de Marketing para América Latina da GGD Metals, empresa distribuidora de aços e metais sob medida.