Pessoas com renda familiar mensal entre R$ 1 mil e R$ 3 mil foram as que mais compraram pela internet no primeiro semestre de 2008, com participação de 36% sobre o total de aquisições realizadas, segundo pesquisa da e-bit.
De acordo com os dados, que serão divulgados nesta quarta-feira (20), as pessoas com renda familiar mensal de R$ 3 mil a R$ 5 mil vieram na seqüência em destaque, com 22% de participação de janeiro a junho deste ano.
Aquelas com ganhos de R$ 5 mil a R$ 8 mil representaram 12% do total, enquanto as com renda familiar mensal acima de R$ 8 mil tiveram participação de 9% no primeiro semestre, ante 8% das com renda até R$ 1 mil.
Homens e mulheres
Os dados ainda mostram que, devido aos produtos consumidos, as mulheres acabam por gastar menos nas compras pela internet, quando comparadas com os homens. O tíquete médio delas, no primeiro semestre, foi de R$ 272, enquanto o dos homens foi de R$ 375.
"As mulheres gastam menos porque elas costumam comprar livros, alimentos e produtos de perfumaria. Já os homens gastam mais com eletroeletrônicos, celulares e com informática em geral, que é mais caro", afirmou o diretor-geral da e-bit, Pedro Guasti.
Ainda sobre o perfil de quem compra pela internet, ele afirmou que a quantidade de homens e mulheres já está equiparada. "Porque elas estão mais participativas na sociedade e no mercado de trabalho", ponderou. A idade média de quem compra pela internet é de 38 anos.
Fechamento do ano
De acordo com o diretor-geral, o tíquete médio do consumidor brasileiro que compra pela internet deve fechar o ano entre R$ 320 e R$ 330, com um crescimento de 10% na comparação com 2007. O faturamento do setor, por sua vez, deve avançar 35% para R$ 8,5 bilhões.
"No segundo semestre, a tendência é ter grande participação em vendas de celulares, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, que aumentam o valor do tíquete médio. O aumento do número de consumidores virtuais, que advém do aumento da popularização do computador, também impulsiona as vendas", disse Guasti.
Em relação ao cenário econômico, ele afirmou que o aumento da taxa básica de juro, para combater a inflação, pode diminuir o prazo de pagamento parcelado sem juros, o que é a atratividade da aquisição pela internet.
Por outro lado, para o segundo semestre, ele espera mais competitividade para o setor, com a entrada no varejo eletrônico de grandes redes, como Wal Mart e Carrefour.